23.12.03

Natal (FODA-SE, QUEM FOI O CABRÃO QUE INVENTOU ESSA MERDA)

Estava a pensar escrever sobre o Natal, mas, vou esperar que ele passe, pois não tenho coisas boas para dizer. Fiquem á espera!

PS1: Boas broas/bezanas/tosgas/cardinas/borrachas/cadelas.......etc,etc no fim de ano...e...não se esqueçam da última e da primeira "brelaitada" do ano...ou no anus.

PS2: Em relação ao gajo que inventou a merda do Natal, vejam lá se deixam de acusar o menino Jesus, pois não acredito que um gajo que ou anda quase nu, ou barbudo e gadelhudo fosse inventar uma merda dessas. O Natal é tão tótó que se o José Castelo Branco tivesse nascido á 2003 anos, eu diria que tinha sido esse paneleiro a inventar a merda do Natal.

Estrangeiros ou surdos

Esta semana fiquei com a ideia que os emigrantes de Leste que habitam no nosso país sofrem de surdez aguda.
Com isto não estou a dizer que a culpa é deles , mas sim, de todos os portugueses.
Ora vejam: no outro dia acordei a horas decentes (13.00h) e desloquei-me a vários estabelecimentos comerciais mais conhecidos como o comércio tradicional (um tema a abordar mais lá para o ano), em todos eles as caixeiras (nome atribuido ás funcionárias do cómercio tradicional) gritavam com os senhores de Leste que, naturalmente, não entendem bem a nossa lingua nos primeiros tempos. Haja alguém que explique aos portugueses que se os estrangeiros não entenderem o que dizemos, não é por falar mais alto que eles vão entender.

PS: o mesmo se passa com os telemoveis sem rede........ pois meus amigos, há por aí muita gente que não necessita de telemovel, pois falam tão alto, tão alto que a Dulce Pontes comparada com eles é muda.

10.12.03

A arte de ser português: uma história da vida real

Isto de ser português tem muito que se lhe diga. E se alguma vez se perguntaram como foi possível que uma pequena nação de gente tão aparentemente tão complicada tivesse conseguido descobrir o mundo e conquistar metade dele, eu posso ajudar a responder à questão. A história que se segue, porque me foi contada num contexto profissional, não pode ter muitos pormenores identificativos por uma questão de respeito. No entanto, pouco se perderá. Vou contá-la como a ouvi não havendo razão nenhuma para que seja falsa. Os floreados que vou fazer, foram também eles instigados por quem me a contou.

Uma ideia portuguesa com certeza
Dois portugueses abastados, um pouco megalómanos, um pouco eufóricos e um pouco chicos-espertos, porque faziam anos decidiram oferecer uma prenda a eles mesmos. Decidiram que as suas empresas haviam de fazer algo especial para ilustrar o dia, algo que não deveria oferecer muita dificuldade e que “ficava bem”.
A responsabilidade e a parte pesada do assunto ficava para a empresa do menos abastado, obviamente. E foi com animo leve que aquele explicou à sua equipa o que queria. A ideia era simples: bastava fazer uma operação, num só dia, que normalmente costuma levar várias semanas a preparar, executar e finalizar. A equipa explicou-lhe então que o problema passava sobretudo pelo facto de ser impossível, nada de especial… Mas o homem queria à força e disse as palavras mágicas para que qualquer um que sabe distinguir o possível do impossível perca a cabeça e comece a achar que é capaz de fazer qualquer coisa: digam o que precisam, tudo o que precisam que eu arranjo (que é como quem diz, pago!).

A importância da inutilidade
E assim se começou a trabalhar no projecto impossível. A questão era tanto mais complicada que para percebermos a dimensão da operação é necessário esclarecer que não se conhece no mundo operação do género, pelo menos desta dimensão, na Europa seguramente nunca se fez. Mas os portugueses iriam conseguir, contra as suas próprias opiniões do que é possível e não é, iriam conseguir. Porém, devemos desde já explicar, que, para além de extremamente difícil, esta tarefa sofria de outro problema que contribuía para a falta de antecedentes: é absolutamente inútil, isto é, esta operação, que normalmente leva semanas a fazer, não se faz num só dia e de uma só vez porque além de impossível (pensava-se) não serve para nada, a não ser, submeter ao risco de falhanço uma tarefa que se pode fazer em segurança.

Americanos, espanhóis e artimanhas
E assim foi, que, um grupo de portugueses, decidiu fazer o impossível. Para tal foi necessário mandar vir maquinaria do estrangeiro. E veio. Topo de gama, tecnologia de ponta, acompanhada pelo respectivos técnicos americanos e espanhóis. Estes, coitados, quando chegaram e perceberam o que se ia passar não conseguiram conter os sorrisos a princípio e as gargalhadas pouco depois. Despreocupados, porque bem pagos, ainda haviam de chorar.
Aproximava-se o dia D e estava tudo preparado. Em grande. Tão grande, que a ideia de que iria ser um fiasco só não era mais forte que o medo de perder o emprego! Por isso lá se foi preparando tudo. Fizeram-se ensaios sobre ensaios, para perceber que o mais difícil era conseguir que tudo saísse bem. Encontraram-se as mais divertidas e absurdas soluções para colmatar a falta de preparação técnica e de know-how para a operação — estava-se em território virgem e qualquer artimanha passou a ser uma técnica de trabalho.

Um pequeno problema…
Finalmente chegou o dia. Um último exercício apenas melhorou um pouco os problemas do anterior, mas o tempo tinha acabado. Esperava-se o momento.
Dezenas e dezenas de pessoas estavam a postos e supostamente preparadas para darem inicio à operação. Tanto americanos como espanhóis já não riam porque estavam a trabalhar. O chefe da equipa, do alto dos seus “trinta e muitos anos daquela merda” pensava o que pensam estes homens naqueles momentos: sabendo que não é possível, estão há muito absolutamente convencidos que tudo vai correr bem, basta um pouco de “descontração e estupidez natural”. E sobretudo, basta sentir-se com sorte e agarrar as pontas à equipa. O resto é um dia atrás do outro e o que for será.
Em cada minuto, dos sessenta da operação, poderia surgir um erro que poderia não só manchar toda a operação como impedir que pudesse chegar ao fim. O momento aproximava-se e a tensão nervosa sentia-se no ar. Cerca de duas horas antes o inevitável aconteceu: deu merda. A maquinaria foi abaixo, os computadores de repente apagaram-se!

… um grande problema!
Não nos esqueçamos que esta era a responsabilidade de americanos e espanhóis. É verdade, que nós portugueses não estávamos preparados para o que íamos fazer, mas a maquinaria era responsabilidade deles, por isso era um problema deles. E os homens, profissionais como são viram-se apertados. Suavam às estopinhas com fios para lá, cabos para cá, teclados para um lado, rato para o outro… Com potentes telemóveis do tamanho de caixas de sapatos falavam com técnicos ainda mais superiores que eles, nos Estados Unidos, para resolver o imbróglio. Nada. A equipa estava tensa, os estrangeiros atarefados…
Faltava pouco menos de uma hora e parte substancial da operação estava no escuro de um ecran de computador. Fazer o restante, por muito bem que saísse, seria um fiasco…

O sucesso
Mas não haviam de ser americanos e espanhóis a colocarem-se na frente de mais um grande desígnio nacional. Quando a operação começou, poucos segundos haviam passado quando surge o primeiro erro. A equipa conteve-se. O tempo como que se enrolou por momentos para a seguir se desenrolar numa viagem eufórica e vertiginosa para o fim da operação — e aquele marcaria o caminho para o sucesso ou para o fracasso. Foi nesse momento que o chefe da equipa, perante o erro, sorriu, troçou dele mesmo como que escarnecendo da sua sorte. A equipa sentiu-se aliviada e esqueceu-se da possibilidade de poder falhar. Dali ao final foi tudo muito rápido, muito cadenciado, muito certinho, como nunca tinha sido. A hora terminou com outro pequeno erro que também não conseguiu manchar a empresa. Foi um sucesso que muitos, ligados ao ramo, tiveram dificuldades em acreditar. Estrangeiros e colaboradores ficaram deslumbrados. E claro, os abastados aniversariantes congratularam-se mutuamente, pensando talvez voltar a repetir um dia destes. A equipa sentiu-se recompensada e orgulhosa por ter feito o impossível e nem o facto de ser inútil tirou brilho a um feito inédito em muitos aspectos. E assim, mais uma vez, os portugueses mostraram o seu valor e do que são capazes…

Moral da história
Mas falta contar parte da história… Estávamos a poucos minutos do início da operação e a maquinaria, os computadores estavam em baixo. Os técnicos estrangeiros no local não sabiam o que fazer e falavam para os Estados Unidos em busca de auxílio. Em redor deles, equipa e colaboradores sentiam-se como se sentem os portugueses nestas alturas: ver falhar um americano e um espanhol, mesmo que nos foda a vida dá muito gozo. Mas chega de sofrimento… O Zé… O Zé, que é um português e bom rapaz, electricista de profissão que gosta de jogos de computador nas horas vagas e até percebe um bocadito daquilo, por alguma razão tão irrelevante, como por mim desconhecida, perante a azáfama dos estrangeiros, decidiu investigar. Foi-se chegando e olhando, pediu licença, e perante o olhar perplexo dos americanos, com dois toques de teclado, lá disse qualquer coisa como: “Oh, isto é fácil, basta… isto e… isto eeee… já está!”

8.12.03

Furtado ou frustrado

Aqueles que quiserem ser actor ou actriz principal de uma qualquer peça de teatro (mesmo sendo de autoria de Sam Shepard) podem agora recorrer ao inovador sistema "seja uma estrela, mesmo que o seu trabalho seja uma merda". Este novo caminho para o estrelato é muito melhor que qualquer programa de tv ou reality show, pois assim é o concorrente quem manda no seu futuro, sendo sempre o melhor do mundo em tudo o que faz.
Estão a achar confuso? eu já vos dou um exemplo elucidativo, mas antes, deixem-me acrescentar um pequeno pormenor nada importante, é que neste novo formato é o concorrente que paga o programa.
Agora o exemplo: lembram-se da Catarina Furtado pintar o cabelo de loiro por estar a participar numa peça de teatro de autoria do Sam (já citado neste texto) onde era a actriz principal? ela foi a pioneira no novo caminho para o estrelato, ou seja, deslocou-se até aos EUA comprou a peça e escolheu os actores (até nos castings é péssima). Pelo menos não teve que dormir com o Sam para conseguir o papel (seriedade profissional acima de tudo).

Há quem diga que o programa "pequenos e terriveis" que a Catarina apresentava na SIC era uma homenagem aos papeis dela no cinema e teatro.

5.12.03

Legalização da prostituição, eis a questão

Ultimamente tenho pensado muito na legalização da prostituição, até porque eu próprio queria entrar no ramo, mas com tanta falta de informação, e com os sindicatos tão activos tenho algum receio em aderir á ideia.
Por exemplo, imaginem que eu sou proprietário de uma instituição de prestação de serviços ligada á prostituição e que uma funcionária de origem desconhecida (pois ela não fala e só utiliza a lingua como instrumento de trabalho) engravida.

Pergunta: Será que a gravidez pode ser considerada uma doença profissional ou um acidente de trabalho? Poderei vir a ser obrigado a indemnizar a funcionária em causa?

No final do ano brindem á saúde "até mais não"

O Ministro da saúde Luis Filipe Pereira informou os portugueses que os serviços de saúde privados vãp passar a funcionar da mesma forma que o serviço público de saúde. Ou o ministro é burro e então deveria ser ministro das finanças, ou é sadomasoquista pois no estado em que está a saúde em portugal, as pessoas tem que recorrer ás clinicas privadas, se aquilo que o ministro prometeu se concretizar, vamos assistir a clinicas privadas com listas de espera de 10 anos.
Eu proponho que troquem apenas de funcionamento, ou seja, os hospitais públicos passam a funcionar como os privados, enquanto que os privados passam a funcionar como as instituições públicas de saúde, recorrendo ao factor C (cunha) mesmo sendo a pagar.
Que giro que era o Bill Gates estar disposto a pagar dois milhões de contos por uma simples cirurgia numa clinica privada portuguesa, e ser-lhe recusado porque ele não conhece ninguem da administração da empresa. No final do ano vamos todos fazer tchim, tchim á saúde de todos pois alguem vai precisar.

3.12.03

O Entroncamento do outro lado do Atlântico

Na passada semana um grupo de funcionários de uma empresa de correios americana foi surpreendido por uma encomenda que se movimentava sozinha e que horas depois foi comida pelo elemento transportado. Imaginem que um corcodilo de metro e meio vos chegava a casa pelo correio......pois enganem-se aqueles que pensam que, a pessoa que enviou o animal vai ser punida por uma qualquer "lei de merda americana", por enviar pelo correio este tipo de encomendas. Segundo o que apuramos e por incrivél que pareça, a lei "fucking" americana só permite o transporte deste tipo de encomendas até meio metro de comprimento.
Coitada da alegada senhora de idade que por não interpretar bem a lei vai deixar de enviar corcodilos á sua amiga Suelli, que tão bem fabrica pantufas de corcodilo, para ocupar o tempo livre.

PS: Em breve iremos abordar o tema "transporte de gajas boas ilegais até 55kg"

huuuum!

Este blog 'tá a ficar um bocado desatualizado... e isso não é grande coisa!
Veremos...