30.8.05

Paulo Portas está de férias


Momento em que Paulo Portas se ausenta da piscina para tomar um café e um "brioche" na companhia de Donald Rumsfeld.

29.8.05

O verdadeiro perigo


Li hoje num jornal que 23% dos acidentes rodoviários são causados pelo excesso de álcool no sangue.
Esta situação é preocupante, pois até agora ainda não vi ninguém falar no enorme perigo que são os 77% dos condutores que causam os acidentes por beberem água.

27.8.05

Romance, poesia, critica futebolística e muito mais numa noite negra para os encarnados


1.
«O senhor sabe como é. Um gajo fica um bocado fora de si. Aquilo é a emoção, é a emoção… E depois às vezes passasse um bocado. O senhor nunca chamou filho-da-puta a um árbitro? Pois é, mas que olhe que este nem isso era. Era filho-de-uma-punheta, era o que ele era, que nem de uma foda merece ter nascido. E eu é claro, passei-me. ‘Tava fora de mim. Não é que eu não tenha a culpa, senhor polícia. Não vou dizer que não fui eu. Mas que necessidade tinha o gajo de ‘tar a dizer que o árbitro esteve bem se eu próprio vi bem que não esteve? É que nem precisei de repetições, aquilo viu-se bem que foi penalty… Hã?! Ah sim? Bom, se você diz… Mas vê-se na repetição? Bem se é assim… Mas um gajo ali a quente… Eu pareceu-me penalty, mas se você diz que ele se mandou para o chão… E a sério que foi fora da área? Dois metros… Pois, também de onde eu estava… Mas seja como for, um gajo tá ali nervoso e tá outro gajo ao lado a chatear: “não jogam nada”, “são uns coxos”, “deviam era levar três ou quatro”. Epá quando os outros cabrões… desculpe… quando os outros marcaram o terceiro, eu juro que vi o gajo quase a rir-se. Um gajo que jogou comigo nos juniores e agora a fazer-me aquilo!… Não me contive. Hã?! Epá, tava fora de mim. Numa situação normal alguma vez eu conseguia estrangular o gajo com o cachecol?! Aquilo foi… foi sem querer!…»

«Sem querer, o futebol é uma óptima desculpa para nos deixarmos levar por uma emocionalidade recalcada e rude, bem como deixar vir ao de cima o que temos de mais fundo. Mais de metade dos comportamentos clubistas, aplicados à raça, ao sexo ou ao credo eram considerados comportamentos nazis. Mas é o futebol, é diferente… E o senhor juiz estava comigo a ver o jogo e também achou que era penalty. E a minha sorte foi que o senhor se conteve na última que eu bem vi como me olhou quando eu disse que não era! Por isso proponho: absolvição para o arguido deste crime que é eminentemente passional e existem muitas atenuantes.»
Pena a aplicar: não pode mais ver jogos de futebol!
«Bom… Então prefiro ir preso senhor juiz!»

2.
Se não marca um golo…
Si nã marca um gôl
Si ná mar cum gole
Si ná má cumgole
Sinama-Pongolle

O Liverpool é o anti-Abramovich! Sempre que pôde lixar a vida ao Russo, lixou. A equipa da terra do futebol, com Sinama-Pongolle, Cisse, Sissoko e outros, inclusive ingleses voltou a colocar o Reino Unido à frente do futebol europeu. Os adeptos mais nazis rejubilam! Se calhar os ingleses sempre mereceram lá estar. Só que houve uma altura, em que os adeptos é que não mereciam estar em lado nenhum.
Confirma-se: dinheiro russo, talento português e uma competência de parte incerta, não chegam. É preciso sorte e de quando em vez uma mãozinha providencial!

3.
Mas seja como for, a competência é a base de tudo. Por exemplo, o que se espera de um treinador? Antes de mais, que ganhe. Depois que saiba gerir os seus homens. E depois que seja profissional, frio e calculista nos momentos mais difíceis. Ora obviamente, assim é impossível a Mourinho gostar de Peseiro, embora o contrário tenha que ser uma realidade.

4.
Já agora, acho que o super-herói holandês ainda tem muito trabalho pela frente!

26.8.05

O regresso da Coisa, ou talvez não!


Depois de escrever o primeiro e último poema da minha vida, e de descobrir que não tenho jeito para isto e que o arrepio que me causa ler o que escrevi, é de ser tão mau, tenho agora a certeza, que eu gosto mesmo é de poesia dita por amigos que a interpretam com emoção. È isso o que sinto pela poesia, ou seja, adoro ver a poesia mexer com as pessoas de quem gosto. Pela mesma razão descobri que não gosto de ler poesia, mas sim, de a ouvir da boca dos outros.
Isto tudo para dizer que estou de regresso, depois de umas férias bem acompanhado.
E há alguma coisa melhor que estar com as pessoas de quem se gosta?
Se assim for, estamos bem em qualquer lugar.
O mesmo não podem dizer as pessoas que estiveram comigo!
Mas sobre as férias falarei outro dia. E porque as ferias já acabaram e o trabalho chama por mim, tenho que ir a uma matança de porco, ritual muito semelhante ao que aconteceu no dia 11 de Setembro de um ano destes, mas com mais portugueses, bom pão, petiscos, vinho, mulheres satisfeitas e felizes por estarem um dia inteiro a trabalhar que nem umas malucas para dar comida aos alarves, e muito glamour. O menu é composto por muita "fevera", entremeada, "chuleta" e entrecosto, molejas, sopa do cozido, cozido à portuguesa, morcelas de arroz e para mais tarde uns torresmos bem quentinhos e cheios de gordurinha. Pode ainda haver a hipótese de sobrar alguma carne dos chouriços, que para não se estragar vai ter que ser grelhada e consumida de imediato, acompanhada por bons pedaços de pão caseiro, daquele com côdea estaladiça e que se pode comer com azeite e açúcar. Ao que parece vamos ter apenas uma folga para jogar uma "suecada", no caso dos homens, e para ver o "fiel ou infiel", no caso das mulheres. O mais importante é que estes "assassínios suinícolas" não tem só coisas más.

O regresso da Coisa

Obrigado ao Grande e ao Insónia


Circo de sons


Numa fogueira de ideais,
Onde se queima carvão de compra,
Pinhas dum relvado de fagulha
E lenha que nos cola aos cheiros.

Na tenda estrelada, por imaginários bem presentes,
A Cerveja hidrata as goelas secas da partilha;
Uma risada invade os maxilares
Com banal esquecimento

Explica-me uma coisa…
Falas tu ou falo eu?
Falo eu e falas tu!
De que estávamos a falar?

Pensamentos que atropelam o concerto,
Que afastam as mínimas do ouvido,
Por cada máxima disparada
Um compasso se destrói.

É este o circo de sons,
Com acústica de excepção
E executantes naturais,
Numa assistência ruidosa, quando o silencio se impunha.

Conquilha na percussão;
Voz dedilhada por um molho de alho e coentros;
Grilos improvisam a melodia
E as luminosas traças dançam neste circo.

Do outro lado da grade, a cinza ainda quente,
Por vontade de arder,
Aquece o instrumento
Para que o pão o possa tocar.

Que cenário natural!
Que momento musical!
Destruído em conjunto
Por conversa e humor.

Não é artificial,
Com toda a certeza racional,
Mas existe um diálogo indispensável
Entre o homem e seu redor.

Nesta tenda bem montada,
De luzes e ruídos,
Cheiros e sentidos,
Pessoas, palavras e emoções,

Que circo é este de tantas interrogações!?

20.8.05

Refugo

Os israelitas não mudam nunca. Dantes estavam-se a cagar para a ocupação dos territórios, agora estão a evacuá-los. Mas aparentemente, a Gaza já está quase toda desocupada, já só falta um bocado. Mais uns bafitos e já se pode matar…

Na sequência da queda do 737 da cipriota Hélios a norte de Atenas, foi preso um grego que mentiu à televisão e às autoridades, utilizando para isso uma verdade. “Estamos todos a congelar”, era o que o primo do homem teria dito se existisse e tivesse estado no avião, pelo que, assim, já não existia, porque tinha morrido! Vá lá perceber os gregos!
Morreram 115 tripulantes, mas há quem diga que se fossem 112 talvez se safassem.

Sampaio condecorou os U2 com a Ordem da Liberdade. No final da cerimónia Sampaio chamou Bono à parte e explicou-lhe que a seguir ao três vem o quatro e não o catorze… Bono explicou que depois de beber os primeiros três vai sempre até aos catorze. Sampaio respondeu que com ele era igual só que prefere amendoins.

16.8.05

Fogo que arde e vê-se…


O País continua a arder e já começam a faltar sítios para arder. Em Albufeira porém, surgiu uma ideia nova: fazer sardinhadas a bordo de catamarãs e deixar que aquilo pegue fogo! “Pode ser o futuro”, disse já o presidente da Associação Bota Fogo — Pirómanos de Portugal que exigiu em comunicado que os seus membros sejam ajudados pelo governo, sobretudo com subsídios de deslocação pois “cada vez está mais difícil encontrar um sítio decente para pôr fogo”.

Mais valia Marrocos!

A campanha eleitoral alentejana foi um desastre. Desde logo, porque nem o Alentejo estava grande coisa, nem nós lá estivemos. As terras algarvias, apesar de igualmente solarengas, não têm o mesmo espírito.
Dizia-me uma vez um engenheiro alentejano que os donos das herdades quando se questionavam acerca de quem tinham a trabalhar na terra, diziam qualquer coisa como: 20 homens, 14 mulheres e 3 gavetos! Os gavetos eram os Algarvios que gozam da fama de não comer à mesa, mas sim na gaveta não vá alguém bater à porta e querer partilhar a comezaina.
Ainda assim, Aljezur não está mal. Com tantos alemães, a terra de inspiração moura e residência temporária “beta”, ganha uma vida diferente do restante interior algarvio.
Safou-nos o Morgado da Canita e a conversa dos pretos de esquina. E as noites algarvias lá se foram mastigando e os dias descansando. Mas mal, que no Algarve, nem se descansa como no Alentejo.
Finalmente, confesso, com tristeza e envergonhado que não visitámos a Sô Dona Pêra Manca. Eu tentei, mas não me deixaram. Nunca chegámos à fala com ela. Não pudemos pois provar-lhe nem o tinto nem o branco, quanto mais o licor. Não lhe perguntámos de quem é ela viúva, nem de onde lhe vem a pose altaneira. Não lhe provámos os queijos cuidadosamente alinhados no tabuleiro sobre os copos, não lhe espreitámos ao frigorifico, para ver se ela ainda lá guarda memórias frescas. Não lhe ouvi o galo a cantar nem lhe pude perguntar: Oh Sô Dona Pêra Manca, porque é que as duas fotografias são iguais?
Não pude nada disto. Eu bem quis. Mas não me deixaram. Quando não se sabe viver arranjam-se formas inteligentes de morrer.
A única coisa que posso afiançar é que ninguém morreu de remorsos.

6.8.05

Nós é que vamos ser os prrresszidentes da juuunta!

O Grande e o coisa vão, neste momento de pré-campanha eleitoral, empreender uma iniciativa a que decidimos dar o nome de “Cá um beijinho Portugal!”. Pelo que nos próximos dias estaremos em digressão Alentejana a fazer as delícias de todas as velhas da região. Devido à crise a um orçamento que não é grande coisa, aceitamos propostas de estadia, almoços e jantares-comício em todas aldeias e povoados. Para marcações por favor contactar O Insónia, nosso camarada e competente director de campanha que para além de não dormir, cultiva o Alzheimer.


Sô Dona Peramanca em acção de campanha.



Contamos com o apoio incondicional, estruturado e encorpado numa amizade amadurecida, do Marquês de Borba, João Ramos, do conhecido Morgado da Canita, do famigerado Eugénio de Almeida e da Sô Dona Peramanca, que certamente nos ajudarão, nessa planície, em chãos e terras de xisto a conquistar terras d’el Rei. Com esta gente de boa casta, iremos ao velho monte, de capote e alabastro em riste, depois das orações no convento, lá da vila, para que coelheiros e mesmo as chaves, continuem tão tapadas como antes, seja por almocreve, seja ele redondo ou não, na Vidigueira hão-de gritar Cartuxa! Cartuxa! Espeta o teu esporão na talha, que reguengos e Monsaraz nunca hão-de ser de Espanha!...

Deixamo-vos com uma frase alegre e bonita para este Verão solarengo.

«Bom Deus, se a nossa civilização se conseguisse manter sóbria durante dois dias, ao terceiro, morreria de remorso.»
Malcolm Lowry

5.8.05

Cruzes credo!

Os brasileiros nunca foram de confiar. Nem os, aparentemente, mais honestos. Como o Lula e o PT. Agora querem-nos fazer crer que a culpa do mensalão é do Espírito Santo! Por amor de Deus…

O turismo é um desígnio nacional!


O turismo é de facto uma aposta nacional e de resto, há muito apontado como a melhor estratégia nacional de desenvolvimento. E é por isso necessário diversificar o turismo nacional. Depois do turismo de “praia e sol” é preciso apostar noutros tipos de turismo de qualidade. Desde o turismo rural, já mais desenvolvido, ao cultural, em vias de desenvolvimento, ao ecológico, onde ainda há muito por fazer. E depois é preciso reinventar o turismo, coisa que já se vai fazendo em Peniche, nomeadamente na praia da Almagreira como o turismo de morte. Naquelas arribas prestes a desabar, mas devidamente sinalizadas, já apanhámos um jovem alemão de 25 anos e mais recentemente um casal de espanhóis, provando assim que o mercado espanhol deverá ser um dos nossos principais alvos para captar turistas.

4.8.05

Jennifer Lopez adora Símios

A escultural “guitarra”, nome que os americanos resolveram dar a Jennifer Lopez devido às suas formas generosas, diz que está farta dos fotógrafos que a seguem para todo o lado. O pior aconteceu recentemente, quando uma revista publicou fotos da sensual latino-americana, tirando “macacos” do nariz e comendo-os com as mãos.
Elsa Raposo questionada pelo Grande Coisa, afirmou compreender a situação de Jennifer Lopez, até porque, ela própria está cansada de ser criticada por comer “tudo o que tem à mão”.

2.8.05


O rei Fahd-eu-se…

Augusto a gosto...


Finalmente chegámos a Agosto, provavelmente o mês mais produtivo do ano, em Portugal. Os políticos, os directores-gerais, os altos funcionários públicos, os administradores e outros executivos de topo estão todos de férias.

As mulheres dos homens bomba

Sabem porque é que as mulheres dos homens bomba tapam a cara?

Porque são lindas de morrer!

1.8.05

Rio de Janeiro, cidade maravilhosa

O cadáver de uma mulher, que jazia num caixão, foi atingido por uma bala perdida na zona pélvica durante o velório, lançando o pânico na capela de um cemitério do Rio de Janeiro. A bala foi disparada durante confrontos entre dois “gangs” numa favela perto do cemitério. Os familiares de Clenilda da Silva, que morreu de um enfarte aos 49 anos, estavam verdadeiramente chocados. “Levar um tiro depois de morto é muito triste”, afirmou desolada, a irmã, Maria de Lourdes Perreira. Clenilda foi sepultada com a bala.
In Correio da Manhã, 28.07.2005

No Brasil, levar um tiro quando se está vivo não é problemático, mas depois de morto não se admite!