14.8.06

Sempre Alerta!

Com as tentativas de atentados, tanto o Reino Unido como os Estados Unidos (é tudo gente muito unida), elevaram os seus estados de alerta para o máximo, ou seja Alerta Vermelho. No caso dos EUA, chamam-lhe mesmo Red Alert, que é de resto um estado que eles parecem gostar. Segundo parece é assim que se sentem mais seguros. Já o Reino Unido, como é seu apanágio, encontrou outra forma de classificar os alertas. Por isso chamam-lhe "alerta crítico". Ou também conhecido por "alerta Miguel Sousa Tavares".

Fui por isso tentar perceber as escalas de outros países e fiquei impressionado.
Em França, o alerta máximo é o cor-de-rosa, só aconteceu uma vez na Segunda Guerra Mundial e entregaram-se logo aos alemães. Sobrou porém uma resistência, já que há muitos daltónicos no país.
Em Espanha, não existe escala – estão sempre em alerta máximo pois nunca sabem quando a ETA vai rebentar por aí.
Os russos têm a escala por graus. Vai até aos 88º, que é a graduação máximo do vodka que tomam quando estão nesse estado.
Os alemães têm como alerta máximo o "alerta heil". Quando eles começam a dizer heil uns aos outros, está tudo fodido!
Os chineses, pacientes e milenares, têm o "alerta resolver este século" e em toda a África usam o mesmo alerta, o "alerta branco". Quando é dado, os africanos ficam pálidos e fogem desordenados para qualquer lado.
Os brasileiros têm o "alerta fim do mundo". Nunca foi utilizado e só serve para o eventual caso de não se poder organizar o Carnaval.
Israel tem o "alerta apocalipse now", mas ainda não foi preciso, vão utilizando o grau abaixo – o "alerta raid", inspirado, não nos raids que fazem aos países vizinhos, mas no insecticida com o mesmo nome.
O Irão tem o "alerta chita", o "alerta tapete persa" e o "alerta véu de burka". Servem todos para camuflar a central nuclear.
A Holanda tem o "alerta muito charrado" e o "alerta mesmo muito charrado".
Já a Bélgica tem o "alerta menos de 12 anos" que é o menos grave e o "alerta amarelo", o mais grave, para quando acabam as batatas fritas.
O Canadá tem como alerta máximo o "quase amarelo" e só foi usado uma vez nos anos 70 (ou antes, ou ainda depois) quando um castor teve uma desavença com um cavalo da guarda montada obrigando, na altura, à intervenção da Rainha Mãe, de Inglaterra que resolveu tudo com uma garrafa de Gin. O cavalo porém ficou a queixar-se.
Quanto a Portugal, não foi fácil descobrir que alertas temos. Perguntei para o Ministério da Defesa e mandaram-me para as Forças Armadas, perguntei às FA e mandaram-me para o Gabinete de Emergência, perguntei para lá, mas estavam todos em "alerta de férias". Não desisti, perguntei a um tio meu (na foto) que percebe destas coisas e descobri finalmente que temos três estados de alerta: o "ensonado", o "passar pelas brasas" e o estado de "alerta de sono profundo".

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