28.12.07

Portugal. Esta merda! História não revista para incrédulos Grande 31

O final em três gatos
I. Quando o senhor generoso percebeu que tinha gasto mais connosco do que aquilo que nós podíamos pagar e que íamos entrar num ‘pântano’, aproveitou a primeira oportunidade (uma eleições para juntas de freguesia) e demitiu-se. Guterres, para uns foi-se embora, para outros fugiu a sete pés. Para ele, resolver os problemas dos refugiados do Mundo inteiro, é tarefa mais fácil que emendar os seus bem intencionados erros.
Precisávamos pois de alguém capaz de resolver o problema e fomos buscar um Durão Barroso. Também conhecido por Cherne, mudou o ‘pântano’ para ‘tanga’ e a seguir foi-se também embora. Ou fugiu a sete pés, consoante os pontos de vista. Durão, não era assim tão duro e também achou que resolver o mega-problema de uma Europa estagnada e ingovernável sempre seria mais fácil que tirar Portugal da moda brasileira.

II. Ou seja, se já estávamos mal, ficámos pior e a caminho da falência. O que para outros povos não é o fim do mundo, mas para as almas lusas, é! E não nos falem do fim do mundo, que ficamos histéricos! E por falar nisso, eis que surge Pedro Santana Lopes para governar o país. Finalmente o PPD no Governo! Toda a gente riu às lágrimas e depois chorou um bocadinho. O presidente Sampaio (o primeiro que não era o Mário Soares e o mais incompetente deles todos), andou que tempos a pensar no assunto e lá o empossou. Mas antes de podermos dizer “fim do mundo”, Sampaio, o mais pacífico de todos os seres com sardas e cabelo cor de cenoura, não teve outra solução se não usar a bomba atómica. Kapum!

III. Com a derrota na final do Euro 2004 contra uns gajos que nem falar sabem, o povo decidiu tomar posições firmes. Para grandes males, grandes remédios: maioria absoluta ao PS e tragam de volta o Cavaco para supervisionar. “Isto não pode, repetimos, não pode voltar a acontecer!” Pareceu-me ouvir dizer no meio dessa coisa ululante que é “o Povo”...
Então e para primeiro-ministro? Quem é o melhor daqueles gajos que nem falar sabem com quem perdemos na final? O Sócrates! (Ainda puseram a hipótese do Platão, mas o Sócrates jogava melhor à bola e ao contrário do Aquiles tinha um calcanhar de ouro) Muito bem. Desde que não fosse o Lopes...
E depois parece que é um rapaz que é quase engenheiro. Fala bem e tem ar de “nouvelle vague”. Não parece ser um Salvador e portanto, não fazendo as coisas a régua e esquadro como um engenheiro, pode ser que não tenha o lado mau dos nossos Sebastiões...
Sócrates segue o caminho de Cavaco, não só nas finanças como na mania da autoridade — ou seja, é mesmo arrogante. Ao contrário de Cavaco, não come bolo-rei e está sempre a dar cavaco ao Povo. Embora digam que tem melhor propaganda que o Hitler, que as pessoas gostam muito de fazer comparações com o Hitler...

Nota do super-ego do autor: Este parágrafo é nitidamente ofensivo para o Excelentíssimo Senhor Primeiro Ministro de Portugal pelo que vamos proceder ao desmantelamento deste blogue e admoestar indignamente o seu autor. Por outro lado, o parágrafo não é maldizente o suficiente, pelo que será este blogue classificado como pró-governo e assim desacreditado em praça pública a indicar. (Talvez na da RTP.)

Nota do alter-ego do autor que é contra o Governo e não se deixa vender e não tem medo que lhe fechem o blogue: Sócrates é... um grego, é o que ele é!

Adenda
É claro que é tudo propaganda. Sem o passar da história, é impossível saber se Sócrates está ou não a governar bem. Há muito tempo que ninguém governa bem este país. Ninguém sabe como se faz, nem se é assim. Os portugueses nunca sabem se estão bem, a não ser que alguém lhes diga que estão bem. Nem sabem se estão mal — vejam-se os quarenta anos de ditadura — e mesmo assim, às vezes dizem-lhes, e eles não acreditam. Até porque normalmente dizem-lhes as duas coisas e eles não sabem o que hão-de pensar e isso resolve-lhes este problema. O de pensar, claro.
A coisa mais parecida com bom governo que conhecemos, é o exercício da autoridade. Coisa por que ansiamos, para de seguida nos queixarmos dela, apesar de sabermos que pode ser para nosso bem, embora duvidemos e não gostemos, apesar de poder eventualmente ser bom ou desastroso.
Por outro lado o País como que acordou, ficou mais exigente, olhou em volta e reparou que nada funciona e que o país está como sempre esteve: é pobre e atrasado. Há esforços para resolver o lado do atraso e todo o país está a fazer um esforço de modernização — reparem que já não comemos castanhas assadas em papel de lista telefónica. Claro que agora está tudo à espera que se chegue à parte de resolver o problema da pobreza. Mas o dinheiro sempre foi um problema...

Conclusão (como se isso fosse possível)
Relativamente ao dinheiro... Para um português o dinheiro é muito importante porque normalmente ou não o tem ou lembra-se de cada sapo vivo que teve que comer para o ter. Relativamente ao dinheiro... Nós começámos por roubar a independência à Espanha. Depois para acabar de fazer o país, roubamos as terras aos mouros. A seguir o primeiro dinheirinho à séria que tivemos foi do negócio que roubámos aos mouros. Depois continuámos sempre a ter dinheiro do que íamos roubando aos outros países. Fosse na exploração de recursos naturais de África e do Brasil, fosse pelo tráfico de escravos, fosse através do comércio imposto um pouco por todo o Mundo, fosse pelas remessas dos emigrantes... Aqui fechados é que nunca ganhámos um tusto...
A seguir acabou-se o Ultramar e conseguimos roubar os agora menos crápulas europeus (deram-nos tanto dinheirinho, coitados...). Agora acabou. Temos de encontrar alguém novo para roubar. Aparentemente, hoje em dia com a Internet, pode roubar-se em todo o lado sem se sair de casa. O melhor seria começar pelos espanhóis mas depois (quem sabe com eles), roubar todo o mundo! Nunca sei se a expressão é que a História nunca se repete, ou se é que a História está sempre a repetir-se... Decididamente não percebo muito de História. Mas gosto de histórias.

Bom Ano a todos, dinheirinho e saúdinha e esperemos que 2008 não seja o fim do mundo!

3 comentários:

MJLF disse...

gostei muito de acompanhar estas historias incrédulas e este Grande 31 mais parece um começo do que um final com três gatos em grande.
acho que 2008 não é o fim do mundo e espero que começes o ano novo com o pé direito!
Maria João

Mário Pedro disse...

obrigado :)

Ísis Osíris disse...

olé. e qd vens ao porto?? :)