28.4.07

Das correntes

Distinguia os amigos pelas correntes de email que lhes enviava.

27.4.07

Da benção

Se todas as mulheres tivessem as mamas grandes, não haveriam mulheres esforçadas!

26.4.07

Dos animais

Passam a vida a chamar-se “animal” uns aos outros, com o intuito de se ofenderem mutuamente. E depois, passam a vida a dizer que gostam mais de animais que de pessoas...

25.4.07

Do tempo

Há uma parte dos portugueses que gostaria que o tempo tivesse parado no dia 24 de Abril de 1974. Há outra parte dos portugueses, que gostaria que o tempo tivesse parado no dia 25. E depois há outra parte que trabalha todos os dias porque sabe que o tempo não pára.

Do hermetismo

Olhou-a nos olhos e disse-lhe seriamente: Se achas que eu fui para a cama com aquela galdéria, então pede o divórcio. Ao que ela respondeu: Isso era o que tu querias!

23.4.07

Das marionetas

Era uma marioneta, manipulada por outra marioneta, que era manipulada por outra marioneta, manipulada por outra marioneta...

Das férias

Há anos que não ia de férias. Há tanto tempo, que as férias já tinham mudado de sítio.

21.4.07

Da incompreensão

Não conseguia compreender as mulheres. Mas isso não o surpreendia: elas também não o conseguiam compreender a ele. Mas aqui, ele sabia a razão — não tem nada para compreender. E isso, é incompreensível.

20.4.07

De drogado e de louco, todos temos um pouco

Sei muito bem, que a arte andou também, sempre ligada à droga e à patologia. O que me preocupa é que a arte contemporânea se tenha viciado em ambas.

19.4.07

Da boa educação

Perdido na etiqueta do sexo, nunca sabia se depois de lhe fazerem um broche, deveria retribuir.

18.4.07

Do paraíso tuga

Se o Adão fosse português tinha sido expulso antes sequer de Deus fazer a Eva, por protestar o tempo todo; passar a vida a dizer “É a isto que Tu chamas Paraíso?!” e por ter apanhado as maçãs todas para fazer aguardente de maçã para acompanhar o petisco da cebolada de lombos de anjo.

17.4.07

Coisas que talvez tenha ouvido dizer...

Dizem que o corpo humano é perfeito, mas é mentira. Veja-se o caso da reprodução. É tão fácil metê-lo todo lá dentro e 9 meses depois, tão difícil fazê-lo sair!

14.4.07

Do absentismo
Acusado de absentismo crónico defendeu-se dizendo que pelo menos nisso era “certinho”.

Dos navios
No emprego desculpava-se com a mulher; em casa desculpava-se com os amigos; com os amigos desculpava-se com a amante; com a amante desculpava-se com o emprego. O tempo, passava-o à beira mar a ver passar os navios.

Das leis da natureza
Era um pai tão ausente, que só a lei natural afiançava da sua existência.

Da ausência
A sua ausência era a sua maior virtude.

13.4.07

Para o ano há mais

Hurra! Viva! Uou! Eeeeh! Iiiau! Ah, oooh! Ah, ooooh! Fantástico, extraordinário! Incrível, magnífico! Senhores e senhoras, nesta Páscoa, feitas as contas, pelas Autoridades Competentíssimas, entre 29 de Março e 9 de Abril — numa singela dúzia de dias — só houve a registar, nada mais nada menos, que apenas, e só, 6 pessoas mortas em acidentes de viação, apenas mais quatro que o ano passado, num total de 1895 acidentes, 217 menos que o ano passado — imagine-se — com mais de 400 feridos ligeiros e apenas 40 feridos prestes a bater a bota, em apenas mais sete que o ano passado. É magnífico, é incrível! E também extraordinário. E nada disto aconteceria se o primeiro-ministro fosse mesmo engenheiro. É lamentável.

12.4.07

Do passado

Se voltasse atrás?... O que é que mudava?... Tudo! Desde logo, hoje de manhã, tinha levado o chapéu de chuva.

11.4.07

Da generosidade

A pudica amiga confrontava-a pelas quecas diferentes que ela dava. E dizia-lhe na cara que ela estava muito perto do que faziam as prostitutas!
Ela dizia-lhe então, que, considerando que o serviço de prostituição é pago e que ela não leva dinheiro, só podia ser beneficência.

10.4.07

Das insinuações torpes

Mas porque é que não dizem de uma vez por todas, que a mulher de César era uma puta do caralho.

9.4.07

Dos Papas

Ainda a recuperar da surpresa, da magia e da responsabilidade, um funcionário anunciou-lhe o momento de receber e ler a carta. — Qual carta? — A carta sagrada! Uma missiva secreta que só os recém eleitos podem ler uma só vez e cuja origem se esqueceu no tempo. Já sozinho, pegou no velho papel com todo o cuidado e leu: “Parabéns. Deus não existe, agora desenrasca-te. Deus te abençoe. P.”

6.4.07

Dos feios

Era tão feio, que nem os gays o aceitaram.

5.4.07

Das sobras

As mulheres hoje em dia, metem dentro das calças o que cabe e, o que sobra, deixam de fora.

3.4.07

Do fardo

O que o chateia relativamente à pobreza que há no mundo, não é tanto que hajam pessoas que não têm nada. O que o chateia mesmo, é que, tendo ele tudo, não pode ter mais isso – não haver pobreza no mundo.

2.4.07

Da inveja

— Oh mamã! Porque é que ele pode passar o tempo a brincar e a ver televisão e eu não?
— Não fales assim do teu pai...