30.9.07

Das melhores invenções

A melhor invenção depois do televisor, foi o televisor 16:9. Grande! Especialmente, com a imagem 4:3 esticada a toda a largura. À grande! Nunca, nada aumentou tanto a auto-estima das telespectadoras.

28.9.07

Do ouvido-móvel

De tanto falar ao telemóvel, um dia o telemóvel caiu-lhe para dentro do ouvido. Mas como caiu de cabeça, dava para recarregar pela orelha. Quando queria ligar a alguém, metia os dedos no nariz e marcava o número.

Portugal. Esta merda! História não revista para incrédulos 18

A escuridão
O maior erro do Marquês foi subvalorizar as entranhas obscuras do país, o que é sempre um erro terrível. Conseguiu fazer o queria, e até acendeu algumas luzes, mas não deixou seguidores capazes de continuar a iluminar o país. Quase às escuras, entrámos na guerra de Napoleão e às escuras ficámos na guerra. Apagadinhos...
O Rei cheio de medo fugiu para o Brasil e os franceses e os ingleses passaram a jogar futebol em terras lusas. Ou seja, tínhamos o país invadido por hooligans. E aqui, começa a complicação (e o futebol a entranhar-se). Agora, já não eram só os espanhóis que nos chateavam. Agora, até um gajo baixinho com dores de barriga queria mandar em nós. Um “franciú”... E a nossa amizade do norte não ajudava muito... Os “amigos de Peniche”... Com amigos assim, quem é que precisa de inimigos? Ninguém. Fizemos uma revolução. Liberal, segundo consta.

27.9.07

Taça da liga

Nossa Senhora 4 - 2 Papa

26.9.07

Do financiamento do sistema de educação

De facto, em Portugal, gasta-se muito dinheiro a meter coisas para a cabeça. Mas a maioria são ilegais...

25.9.07

Da desconfiança mamária

Os homens desconfiam das mamas. E por isso trazem-nas sempre debaixo de olho.

24.9.07

Coisas do Inimigo Público (N.º 209 de 21/9/2007)

«
Popularidade do primeiro-ministro aumenta exponencialmente na população prisional
Mas violadores, assassinos e criminosos em geral não esquecem “o importante papel desempenhado pelo Dr. Marques Mendes no Pacto da Justiça e na revisão do Código de Processo Penal”
Capa

O novo Código de Processo Penal pode levar à libertação dos patos com gripe das aves apreendidos na semana passada.
MB

Olegário de Sousa deixou de ser o porta-voz da PJ para “o caso Maddie” [...] “Não sei se o casal McDonald é ou não culpado, [...] apenas espero, [...] que o Dempsey e a Makepeace, os pais da menina, estejam inocentes e que a pequena Peggie seja encontrada sã e salva”, explicou Olegário de Sousa.
VE

Ursinho dos McCann foi trabalhar para as obras
MB

Afinal não é o juiz Pedro Farias mas sim o João Malheiro quem está na calha para substituir Olegário Sousa [...] Malheiro é considerado o homem ideal para falar muito e não dizer nada mas deixar uma série de insinuações no ar, como fazia no Benfica, contra “a jactância de ardilosos palradores ao serviço da bazófia ululante de certa cáfila arisca”
MB

Até agora, apenas uma palavra da língua portuguesa não tinha tradução para mais nenhuma língua no mundo. [...] A palavra ‘arguido começa a ser mais ouvida na boca de cada vez mais estrangeiros e, tal como a palavra ‘saudade’, também define algo quase intangível e difícil de explicar” [...] Segundo alguns especialistas, “arguido” é a terceira, e não a segunda palavra portuguesa intraduzível, uma vez que ainda não foi encontrada qualquer correspondência, em qualquer língua indo-europeia, para a palavra “bardamerda”.
VE

O final da rodagem de “Corrupção” fez com que o “Correio da Manhã” ficasse sem assunto para sua secção de Cultura. [...] “Não tínhamos tanta falta de assunto desde a grande carestia de homicídios à facada de 1987”
“Octávio Ribeiro”
MB


A pasmaceira entre Menezes e Marques Mendes foi tão grande que os dois candidatos à liderança, no final, tiveram de fazer xixi para um copo e ir ao controlo antidoping para se ter a certeza que não estavam anestesiados.
MB

Os comentadores de serviço ficaram à nora. Luís Delgado viu 20 minutos do debate e foi fechar-se no carro a ouvir a “Cavalgada das Valquírias” para tentar ter uma ideia.
MB


Cinemas do Freeport de Alcochete exibem filmes com defeito a metade do preço
JH

Barroso já conseguiu patrocínio da Somague para selecção de râguebi
AP

Os arguidos são o novo nicho de mercado que os bancos estão a explorar. [...] A grande novidade são cartões de crédito especiais cujo “plafond” é automaticamente convertido em cigarros no caso de virem a ser condenados.
AP

Teixeira dos Santos também quer multar Microsoft
“[...] E mais: cada vez que o Windows ou o IE bloquearem, Bill Gates terá de pagar uma imperial ao utilizador”.
“Teixeira dos Santos”
MB


O encontro entre George W. Bush e José Sócrates produziu as habituais frases indigentes das cimeiras como “o futuro constrói-se com cooperação”, “Estados Unidos e Europa partilham um património de valores” ou “se eu fosse um dia o teu olhar e tu as minhas mãos também”
MB

Cheney disparou por engano sobre Sócrates
MB


Santana Lopes pensava que Bragaparques era um parque de diversões em Braga.
VE

O Dalai Lama [...] defendeu os valores budistas do desapego material e [...] todas as pessoas que pagaram 175 euros para o escutar se sentiram imediatamente santificadas.
AM


“Estamos muito contentes por termos encontrado o quadro do senhor Júlio Pomar [...] Se vasculharmos melhor, talvez até consigamos encontrar o sentido do quadro, mas acho que isso vai ser impossível.”
“Funcionário do CCB”
VE



Neo-nacionalismo
Ah, o orgulho de perder por menos de cem
[...] Por terem conseguido o feito homérico de não perderem por mais de 100 pontos frente à Nova Zelândia, a imprensa nacional elevou-os à categoria de semideuses, conseguindo com isso unir um País inteiro em volta de um desastre humilhante. [...] Se sempre tivessem existido estes jornalistas, Portugal [...] poderia ter poupado séculos de traumas e décadas de vergonhas nacionais.

Pupilos de D. Sebastião deixam boa imagem em Álcacer-Quibir e enchem portugueses de orgulho.

Antes de serem chacinados nas trincheiras, soldados portugueses ainda feriram um boche!
Portugueses só têm que estar orgulhosos do desempenho em La Lys
[...]Quando os alemães viram os nossos bravos a entoarem “A Portuguesa”, enquanto choravam como meninas, decidiram chamar à investida final “Georgette”.
VE


IP Serviço Público
Sou o único aluno de Ciência e Tecnologia da Computação da Universidade dos Açores, e agora?
[...]
Inventa amigos imaginários com quem possas falar de gajas e futebol durante as aulas e por quem possas copiar nos exames. Mas inventa-os mais inteligentes que tu, se queres mesmo acabar o curso.
FB

Entrei no curso de Engenharia de Minas, e agora?
Tendo em conta que em Portugal já quase não há minas em exploração, a probabilidade de conseguires emprego na tua área é igual à probabilidade do teu pai voltar para a tua mãe, agora que ele vive em Minas Gerais com um (sic) brasileira que conheceu no Elefante Branco.
FB

Inquérito
O Exemplo do primeiro-ministro dá-lhe vontade de fazer ‘jogging’?
Osama Bin Laden
Terrorista metrossexual
Não preciso que me ensinem a tratar de mim. Vou regularmente ao ginásio, ao cabeleireiro, à “manicure” e se me sinto a engordar faço logo uma lipo. Afinal de contas, se eu não gostar de mim quem gostará?
Patrícia Castanheira


D. José Policarpo aproveitou também para lamentar o facto de a maioria dos sacerdotes já não dominar aquela língua morta. “A única coisa que a maioria dos sacerdotes sabe dizer é “veni qui puer un fellatio ad signori pater faccere”. [...] O que é suficiente para um padre organizar uns campos de férias e uns ensaios do coro, mas não chega para celebrar a missa.”
FB

Nossa Senhora vai deixar as tostas e fazer aparições em comida saudável
JH

A intenção do presidente do FC Porto de casar-se com a sua ex-mulher Filomena Morais pode estar em perigo. [...] Pinto da Costa [...] está casado com Reinaldo Teles há mais de 20 anos e não consta que se tenham separado.
MB

Paulo Branco teve subsídio do ICAM para prova equestre
“Ao longo dos anos, o ICAM já deu dinheiro a algumas cavalgaduras para fazerem filmes. Por isso, é lógico que subsidie uma corrida de cavalos”
“Mário Augusto”
MB


No INIMIGO PÚBLICO apenas são publicadas entrevistas mais verdadeiras do que os seios da Isabel Huppert.
“Norberto Arriaga, Provedor do Leitores”
VE
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Portugal. Esta merda! História não revista para incrédulos 17

O Terramoto
A França teve o Marquês de Sade, nós tivemos um Marquês sádico. Calunias, no fundo. Na verdade, chamava-se Sebastião e, numa manhã de nevoeiro... Não era bem nevoeiro, era fumo e pó do terramoto de 1755... Lá apareceu ele a salvar a situação. E que situação! Se houvesse televisão na altura, não ia ficar nenhum jornalista nos outros países — vinham todos para Portugal! Ainda assim, a Europa viu o horror e o Fim do Mundo — o que já começa a chatear é estarmos sempre ligados ao Fim do Mundo, mas enfim...
O Marquês de Pombal, que era do tempo das Luzes (sendo a mais conhecida o estádio do Benfica), numa altura em que não havia electricidade, hoje, é uma estação de Metro que tem por cima uma estátua dele com o leão do Sporting, a olhar para o que fez. Na verdade, o homem foi apenas metade de um grande estadista, meio salvador e meio incompetente — a sua obra não continuou. É que o Mito também está na cabeça do timoneiro e claro, metade das vezes dá merda. Como se achava um visionário e mesmo, um génio — que até era —, também achava que podia fazer tudo sozinho e não precisava de dar muito cavaco ao povo!...

Actualidades

Isto é que é o Plano Tecnológico!
O debate mensal decorreu como normal: o Governo gabou-se e a oposição foi enxovalhada. Sócrates jogou ao ataque, a meio campo, à defesa e apanhou as bolas. Teve no entanto a assistência de dois massagistas, digo, dois ministros em assuntos de importância menor. Mendes saiu desvalorizado, Portas ignorado, Jerónimo humilhado, a senhora dos verdes indignada e Louçã, para não se ofender, riu-se. O senhor do PS falou, falou, falou...

A prova de que a medicina cubana é uma das mais avançadas do Mundo, é que os médicos cubanos conseguiram ressuscitar novamente Fidel Castro.

Mendes debateu-se com Menezes. Frente-a-frente. Os concorrentes empataram-se um ao outro, o público adormeceu a meio e o no final o impossível aconteceu: perderam os dois, 1-1 negativos.

Coisas que oiço dizer...

«Eu, o meu olho do cu e o resto do mundo»
«Expliquei que fui operado às hemorróidas. A sala de espera (mais de 40 pessoas sem problemas de saúde a não ser voyeurismo) pareceu apreensiva, mas algo insensível, porque uma senhora me ofereceu o seu lugar para eu me sentar. Recusei e não agradeci o presente envenenado. Fui à triagem e desabafei o desconforto a uma jovem médica ou enfermeira. Definitivamente, de segredo de estado, o meu olho do cu passou a cartão de visita.»
A ler em O Nascer do Sol

22.9.07

4 anos

"Olha?! Grande coisa!"

Acho graça à coisa. Mete-se em todo lado, não é? Comigo, pelo menos, é. Ele é coisa aqui, coisa ali. No fundo sempre a coisar.
Falo na palavra coisa. Gosto da palavra coisa. É a palavra mais completa que existe. Tudo é uma coisa. Mesmo o que não existe. Pensem em algo que não exista... Se conseguem pensar nisso, isso é uma coisa.
Coisa é para lá de Universal. Na bíblia diz que Deus criou todas as coisas. Teve que criar tudo, pois claro, porque não havia coisa nenhuma. Mas Deus não criou a coisa. Porque antes de ele criar todas as coisas já existia uma coisa: ele! Isto claro se acreditarmos nele. Mas isso é outra coisa.
A coisa é tão antiga que dantes dizia-se cousa. E o direito até tem um ramo só para as coisas. É o direito das coisas.
Reparem que a palavra coisa não tem sinónimo e, ao mesmo tempo, é um sinónimo para tudo. Dizer uma certa e determinada coisa é exactamente a mesma coisa que dizer qualquer coisa!
Um amigo meu costumava dizer: Uma coisa é uma coisa, agora, outra coisa é outra coisa, completamente diferente. É verdade que ele diz isto quando bebe demais, mas, nesta altura, é quando ele diz coisa com coisa.
Aliás, ele normalmente, usa a palavra coisa para tudo: Coisa para aqui, coisa para ali… É uma língua dentro da própria língua portuguesa. É a linguagem das coisas. Outro dia disse-me:
— Passa-me aí a tua coisa.
— Qual coisa?
— Essa coisa.
— Mas qual?
— Essa coisa aí comprida com as duas coisinhas por baixo. — E eu dei-lhe o galheteiro e perguntei:
— Mas para que é que queres isto?
— É para pôr aqui na coisa.
— Ah! Olha grande coisa que aí tens.
Mas ele vai mais longe. Ele trata toda a gente por coisa: Epá, vem cá a casa e traz a tua coisa. Ou então:
— Outro dia dei de caras com a coisa...
— Qual coisa?
— A coisa, a mulher do coiso que é primo daquela que tem aquela coisa enorme, assim cheia de coisas... Tu até costumavas lá ir?
— Ah pois, a coisa… Estou a ver… — o leitor não estará, mas eu, na altura, vi.
Mas, a vida do meu amigo continuava difícil porque ele, ainda assim, tinha de se lembrar dos verbos. Outro dia disse-me: Coisa-me aqui a coisa… E eu disse-lhe: Coisa-a tu! Que eu não gosto de mexer nas coisas dos outros.
A parte boa da situação é quando ele se chateia. Acaba por ser muito simpático. Isto, apesar de ele ter um génio horrível e, quando se chateia, começar a insultar toda a gente: Cambada de coisos. Vão pá coisa que vos coisou. Coisões!
Fica chateado… Os outros, perplexos.
Mas há outra palavra que me fascina. Porque consegue exprimir todas as emoções de um homem, que também não são muitas. Ou seja: Foda-se!
É verdade. Por exemplo, se estamos irritados, largamos um foda-se violento na direcção do chão. Se estamos alegres, largamos um foda-se bem disposto para o ar! Se somos bem surpreendidos, largamos um foda-se aberto e arrastado. Mas se for uma triste desilusão, largamos um foda-se melancólico, suave e longo...
Eu até podia continuar, foda-se! Mas, se não me levam a mal, não estou acostumado a escrever tanta caralhada em público e por isso prefiro não dar mais exemplos. Senão, esta merda fica muito pesada. É preciso, no entanto, dizer que foda-se também está popularizado como fodasse e que, no tempo dos nosso avós, dizia-se phoda-se Vossa Excelência. Hoje em dia, há pessoas que, para aliviar o foda-se, preferem coisas mais suaves como fónix! Ou fosga-se! Ou então, o famoso dasse! Eu, pessoalmente, tenho há muito tempo, um carinho especial por nheda-se! Mas isso, sou eu.

Parabéns Coisa!

21.9.07

O dia em que o Homem Mais Importante do Mundo tremeu

É o Homem Mais Importante do Mundo e apesar de desconhecido de quase todos, é invejado pelos mais poderosos dos mais poderosos. Dá um impulso com o pé e recosta a cadeira contra a porta de aço trancada a sete chaves, mais a sua pequena chave do pequeno cadeado. Lá dentro, uma sanita e por cima o autoclismo negro todo escrevinhado. Não é um autoclismo qualquer. É o Autoclismo. O Autoclismo do Apocalipse — puxá-lo, seria o início do Fim do Mundo. Deus interrompe-lhe a leitura da edição de luxo do Surfista Prateado, pedindo-lhe que abra a porta. Surpreendido, o Homem Mais Importante do Mundo desculpa-se com a falta das outras sete chaves. Deus estala dois dedos e aparecem Sete Magníficos Cavaleiros do Apocalipse de chave na mão e sorriso nos lábios. O Homem Mais Importante do Mundo, abrindo a porta, pergunta a Deus porquê. Ele responde-lhe, que vai só lavar as mãos, porque a casa de banho do Céu não tem água. Mas, a água corrente desperta tanto no Homem, como em Deus, uma vontade de mictar latente. Que, de súbito, se pode tornar numa mija inevitável. Deus usou o urinol e saiu. Cá fora, diz para o Homem Mais Importante do Mundo: Devias puxar o autoclismo que a sanita tresanda c’mó Diabo.

20.9.07

Das coisas que não se dão bem umas com as outras

Calças brancas e peidinhos molhados

Portugal. Esta merda! História não revista para incrédulos 16

Restauração (não é comida)
A seguir tivemos que restaurar a Independência. Segundo alguns historiadores, a coroa dos Áustrias, ou dos Filipes, “não governava para Castela, era todo um império multiterritorial. Se os Áustrias tivessem governado realmente pensando só nos interesses de Castela, Castela não teria ficado tão pobre e arruinada como ficou no fim”. Mas isto não passa de uma saramaguice rude, pois os portugueses da altura também diziam o mesmo. Toda a ideia de uma Ibéria era muito bonita, mas Portugal só perdeu dinheiro, territórios e homens com os assuntos de Castela. E já se sabe, quando nos vão ao bolso... Até fazemos guerras e revoluções. Em Espanha, Filipe IV era o “Grande”, mas em Portugal era Filipe III, o “Opressor”, ou como quem diz: era grande, mas não era grande coisa para nós. Por isso, contra o eleito, fizeram-se as Guerras da Restauração e “elegeu-se” o D. João IV da casa de Bragança, que tal como D. Duarte hoje, era o que havia!

19.9.07

Da alma de Soares

Depois de o “matar” nas presidenciais, Sócrates decidiu encomendar-lhe a alma a Deus, por remorsos. E como se trata de um agnóstico, pô-lo na Comissão da Liberdade Religiosa e assim, Mário Soares quando morrer terá a alma encomendada por todas as religiões a todos os deuses — não vá o diabo tecê-las...

Coisas do Centro da Europa

Se acham uma parvoíce as luzes por sensor das casas de banho só reacenderem com o nosso esbracejamento enquanto ocupados ou sentados, imaginem agora que o sensor está no hall de entrada da casa de banho e vocês estão de papel na mão mesmo, mesmo a levantar-se...

17.9.07

Da dislexia

Tudo começou quando lhe disseram que ela era muito conservadora e ele percebeu conversadora... E foi também assim que acabou.

Portugal. Esta merda! História não revista para incrédulos 15

O Mito, o Sebastião e os espanhóis
Portugal para ser país, teve que ser mais do que muitos outros. Por isso o Afonso viu um anjo, por isso somos um dos três países que teve direito a ter uma epopeia épica. A única, escrita por um zarolho. E também por isso, o Sebastião não morreu e há-de voltar numa manhã de nevoeiro. Numa manhã de nevoeiro... É que para lá do incompetente, ficou-nos o salvador. A ideia de um salvador, tanto dá para o bem, como para o mal.
Na verdade, segundo o Sebastianismo, estamos à espera de um adolescente, de um incompetente e de um sujeito com ar amaricado para nos vir salvar. Mas é preciso perceber que nós falimos de vez na altura em que estava um espanhol a desbaratar-nos o império. E se Sebastião voltasse, a coisa só podia melhorar...
A “ocupação” espanhola revoltava muito o país, que agora percebia o medo dos espanhóis que sempre nos dominou. A escolha foi clara: mais vale um rei incompetente que um rei espanhol. Eu não acho mal. Aliás, os bascos têm uma grande admiração por nós, exactamente por sermos a única região espanhola verdadeiramente independente. E isso não é para todos. E mesmo em seiscentos também não era. Era só para nós e por isso até um incompetente era melhor que um espanhol. Quem dera aos bascos terem um incompetente. Por outro lado, os outros espanhóis gostavam que todos os bascos fossem incompetentes.

As SS

Desde miúdo que me foram transmitindo a ideia que SS tinha a ver com coisas secretas.
Algumas semanas atrás, durante as três horas que estive sentado mesmo em frente à maquineta da água na sede distrital das SS (segurança social), recordei alguns dos melhores tempos de criança, adolescente e até adulto, mas sem qualquer tipo de relação com essas malditas instituições. Foram épocas de alegria, sem contactos com contribuintes, números de SS e outras merdas.
Quando chamaram a senha C193 e me dirigi ao balcão 21, fiquei a saber a verdade. A SS é mesmo uma organização secreta. Só pode! De todas as questões que coloquei, não me responderem a uma única. As respostas mais elucidativas que obtive foram: “pois, isso já não sei”, e “se fosse eu que mandasse isto não era assim”. Para além disso, a única informação interna que circulava entre os funcionários da SS, dizia respeito ao bonito encontro entre uma tal estrela e o suposto amante em pleno estádio de Alvalade.
Fiquei confuso. Estrelas em Alvalade? Será que o Figo regressou ao SCP? O Manchester já está em Alvalade? Qual é que será o jogador que tem um amante?
Pedi para falar com o chefe, mas, ao que parece o senhor não percebe nada de novelas e foi fazer uma formação para a Riviera Maya, num resort onde, curiosamente, também eu já fiz uma formação em Rum e tequila velha, coco loco, coco banana, bloody mary, daiquiri de morango e acidentes de moto4.
Pelo que vi na SS, estou ansioso por chegar aos 65 anos de idade.
Como é bonito ver, uma “segorila” lésbica, frustrada por não ter conseguido entrar para o exército, envergar um uniforme, uniformizado e de muito mau gosto, ao mesmo tempo que, qual Sargento de Ferro carinhoso e delicado, dispara ofensas o todos aqueles que aparentam idade avançada e desconhecimento dos assuntos a tratar. Como é bonito, sentirmos o calor humano duma Orca que mesmo quando gentilmente questionada, ataca sem dó nem piedade. Como é bonito fazer 130 quilómetros, para que nos seja dito que “se calhar hoje não é bom dia para isso”. Como é bonito recebermos uma carta no dia 30 de Agosto ás 17 horas, a informar que temos que nos dirigir à SS até ao final do mês de Agosto, para que não avance um processo executivo. Mas, afinal Agosto tem quantos dias? Cem?
Antes de sair perguntei à Orca quantos dias tem o mês de Agosto. Ao que ela respondeu: "pois, isso já não sei".

Dos disfarces

Gosto da forma como disfarça o facto de já ter morrido...

Meus ricos problemas

"Mas meu caro, para os portugueses é sempre um grande prazer partilhar os mesmos problemas dos países ricos da Europa..."

Coisas do Inimigo Público (N.º 208 de 14/9/2007)

«
Ele [Rui Pereira] vai ser o melhor Ministro de sempre! (e está só há 3 meses no cargo)... Basta a Polícia Judiciária acertar no caso McCann
Capa

E amanhã o terror vai tomar conta das redacções da Sky ou do “The Sun”: entra em vigor o novo Código de Processo Penal e as regras mudam a meio do jogo.
MB

Wolf Blitzer – [...] O “Correio da Manhã”, por exemplo, só pode divulgar uma escuta do Apito Dourado se o Major autorizar, o que será tão provável como Nuno Gomes voltar a marcar um golo ou haver um heterossexual numa peça de Filipe la Féria.
Larry King – Estou à nora. Mas isso é possível, Wolf?”
Wolf Blitzer – Claro que não, Larry. Basta ser um frequentador do Estádio da Luz e do Polietama para perceber que nunca na vida.
[Excerto da “Transcrição do próximo directo de Larry King a partir de Portimão”]
MB

140 dias depois de ter começado o “Caso Maddie”, O INIMIGO continua a ser o jornal português e inglês mais sóbrio na cobertura do caso
[Excerto de “Nota da Direcção à ERC e ao Dalai Lama”]

ASAE vai combater Al-Qaeda no Afeganistão
MB

José Mourinho [...] soa como Mário Soares a assassinar o francês e Berardo a esquartejar o português.
MB

Segunda mulher mais velha do mundo é portuguesa e está a acabar de pagar o empréstimo da casa.
FB

“Se nada disto resultar, não vou ter outro remédio senão nomeá-lo [João Soares] como meu sucessor à frente da Fundação Soares, caso o António Vitorino faça o que costuma fazer e rejeite o cargo.”
“Mário Soares, presidente da Comissão de Liberdade Religiosa”
AM

Maconde foi salva por pressão de Maria Cavaco
VE

Jerónimo exige que governo trave derretimento das calotes polares [...], a intensidade dos furacões nas Caraíbas, o envelhecimento precoce do deputado Bernardino Soares
PC

A grande aposta de Luís Filipe Menezes, para provar que não é apenas um populista inconsequente, vai ser uma profunda revisão da Constituição [...] “Tenho de encontrar na Internet uma constituição parecida com a nossa. [...] Tenho de ver se a consigo encontrar na Wikipédia”, explicou Luís Filipe Menezes
AM

Se quer ter mais audiência do que o Paulo Portas no Youtube, o líder da Al-Qaeda veio a Lisboa para se entregar às mãos de Eduardo Beauté
PC

“O Laden ‘tá óptimo, óptimo, óptimo. Vi o vídeo dele na TVI e quis morrer. Que pele fantástica”
“Tias de Cascais”
MB

Tinta da barba de Bin Laden vendida por empresa ligada a Dick Cheney
AP

Conferência de Dalai Lama [...] Ao contrário do anunciado, não haverá o “encore” esperado
JH

Quatro [...] encapuçados [...] empunhando caçadeiras de canos serrados [...] que ontem tentaram roubar a agência [...] da Caixa Geral de Depósitos, foram dominados por três velhinhas [...] com chapéus de chuva e cadernetas da CGD que [...] ficaram indignadas por eles quererem furar a fila.
MB

“eirós do mar, nozes podres, maçãs reinetas do meu quintal” [...] Tirando o Deco, que me parece sempre estar a balbuciar o “Calhambeque” do Roberto Carlos.
[Em respostas ao Inquérito – Já é adepto ferrenho de rugby?]
Susana Romana

O Menino da Lágrima
Fã de naperons e de Nossas Senhoras que mudam de cor com a humidade
[Em Inquérito – Já é adepto ferrenho de rugby?]
Susana Romana

Placas nas portas de casas de banho estão cada vez mais difíceis de decifrar
JH

“Eu digo a eles ‘m’krê bibe um penaltie’ e eles pagam cópo do vinho. Pedro Costa fez bué por pôv’ cab’verdián’”
“Pascoal Évora do bairro Estrela d’África sobre o turismo no bairro por causa do filme “Ossos””
VE

“O ‘Global Notícias’ [...] tem como alvo todos os lisboetas demasiado pobres ou estúpidos para conseguirem comprar ou ler o ‘Correio da Manhã’”
VE

“A vida de uma pessoa é casa-SIC, SIC-urologista, urologista-casa. Com o dominó sempre passamos o tempo e não tenho de ouvir o [Guilherme] Aguiar a lembrar-se de quando foi à tropa e bateu continência ao D. Miguel.”
“Fernado Seara”
MB

Descobri que passei a ser chamado, nas minhas costas, pelo pessoal português da minha firma, o ARGUIDO. É verdade, olha o arguido já chegou, o arguido marcou o almoço para as 13 horas, o arguido quer a mesa dos costume no Gambrinus
[Excerto de “Letra de Portugal”]

Quanto ao seu problema com ratazanas, devia ter o espírito mais aberto e tentar ser mais como o seu pai, que até casou com uma!
“Norberto Arriaga, Provedor do Leitores”
VE


“Especial Rentrée Séries de Verão”
Vítor Elías

A RTP, que custa 400 euros por ano a cada contribuinte, tenta provar aos portugueses que não apenas não os anda a roubar à descarada, como lhes faz muita falta.

O casal McCann, que tenta fugir ao Pedro Tadeu
[Caixa “Prison Break, nova temporada”]

A RTP 2 abriu-se às lésbicas, aos homossexuais, aos travestis, aos toxicodependentes, aos corruptos e a toda a sorte de degenerados.

Na SIC manda um recém-separado que [...] flipou (como diria nos saudoso tempos da SIC Radical) e apostou tudo o que ainda lhe resta no futsal

Manuela Moura Guedes, Constança Cunha e Sá e Miguel Sousa Tavares, pessoas que, para serem iguais ao doutor House, apenas lhes basta coxear, usar ténis e serem um pouco menos arrogantes

A frase preferida de Gregory House agora rendido à medicina tradicional chinesa, passa a ser “todos os ocidentais mentem”
[Caixa “‘House M.D.’, nova temporada”]

A SIC Notícias vai diversificar [...] lançando [...] Mário Crespo [...] bajulando os concorrentes engravatados que cantem Sinatra ou Tony Bennett, tal como faz nas suas entrevistas

A RTP-N [...] entrevistará Macário Correia [...] vestindo uma camisa de manga curta manchada de suor nos sovacos

O Canal História [...] vai começar a mostrar versões revisionistas [...] apresentadas por Fernando Rosas

O canal Infinito vai [...] deixar-se de merdas e começar a transmitir filmes hardcore
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14.9.07

Da linguagem gestual

Passava o tempo a ver noticiário na televisão sem ouvir notícia nenhuma — só conseguia olhar para a menina dos gestos. E pensava: “Que par de mamas... Assim dá gosto ser surdo.”

Do triplo ineditismo

Nunca pensei vir a estar tão orgulhoso dos betos! Aliás, nunca pensei vir a estar tão orgulhoso dos betos portugueses. Sobretudo, nunca pensei vir a estar orgulhoso dos betos portugueses do rugby.

Portugal. Esta merda! História não revista para incrédulos 14

Estilo de morrer
Se disséssemos que o estilo Manuelino era um estilo do Fim do Mundo, por um lado estaríamos certos, mas por outro não era tecnicamente verdade, porque o mundo já não acabava aqui. O que também não acabava, era todo um rol de riquezas que nos chegavam, incluindo um rinoceronte! Do rinoceronte ao Quinto Império foi um tirinho. Pouco depois fomos à falência. A culpa? Bom, no fundo, a culpa é de um puto que foi curtir para Alcácer Quibir.
«Completamente desvairado, tendo-se munido da espada de D. Afonso Henriques que mandara pedir a Santa Cruz de Coimbra, e de uma coroa de ouro que devia colocar na cabeça quando se proclamasse imperador de Marrocos, partiu finalmente a 25 de Junho com uma armada de 800 velas e um exército de 18.000 homens, em que entravam soldados de todas as proveniências, que já em Lisboa haviam tido varias e gravíssimas rixas. Ao chegar a África, as loucuras continuaram. Foi D. Sebastião quem tudo quis dirigir. Para tomar Larache, que é um porto de mar, desembarcou em Tânger a 17 de Julho de 1578, e seguiu por terra, passando por Arzila e Alcácer Quibir. A marcha em Agosto era pesadíssima para os nossos soldados, que ao chegarem a Alcácer Quibir iam já mortos de fadigas.» in O Portal da História
Tss! Tss!...

13.9.07

Coisas que oiço dizer

"Os outros caralhos receberam o Bush, nas Lajes, de pernas abertas e agora estes conas não recebem o Dalai Lama. Foda-se! Os do antigamente é que tinham razão. Cada caralho sua sentença!”

Scolari já é português!

Aquilo não foi agressão, vê-se bem. É diferente. É preciso ter em conta a intensidade... Temos que perceber que o futebol é um jogo viril e às vezes no final do jogo trocam-se mimos. Neste contexto, Scolari estava no fundo a puxar a bochechinha ao sérvio. Dá bem para ver ele a dizer-lhe: “olha ó sérviozinho lindo, olha...” Tunga!

Ou se calhar... Estava fodido. Sabia que o iam massacrar. E pensou: “Ah é! Massacrar, massacram, mas pelo menos vou molhar a sopa.”

“Toma lá que já aviaste. Esta é pelo Milosevic. E se cá voltares levas outra pelo Josip Broz*.”

Scolari planeou tudo. A ideia é ver até onde Gilberto Madaíl consegue chegar.

Mas gosto da forma como Scolari justifica o facto de mal conseguir dar um soco na cara de um jogador: diz que não foi nada e que isto é normal nestes jogos...

Pela primeira vez vi o seleccionador nacional a defender o Quaresma! Finalmente.

Ontem um deputado brasileiro andou à porrada com uns seguranças no Senado. Portanto deve ser uma tradição sazonal.

Há quatro anos em Portugal, Scolari continua a aprender o português de Portugal. Ele já tinha aprendido que “banco” é “caixa”. Mas isso não é nada de especial. No Brasil os bancos são todos maus, lentos e disfuncionais.

O que ele ainda não tinha aprendido, mas agora aprendeu, é que “apuramento” em Portugal, é “contas” e “maus resultados” é “porrada”.

Ou: É o que dá andar a jogar para picar o ponto com vitórias em casa e empates fora. E sobretudo a defender resultados manhosos.

O mais extraordinário é que é possível que Scolari acredite realmente que tem perdido por azar ou por causa do árbitro e, sobretudo, que ninguém vai perceber que aquele gesto, afinal, não foi para puxar a bochechinha do sérvio.

Scolari-segundo-no-euro-quarto-no-mundial já era contestado. Agora, sem ainda ter sido afastado do Europeu, caiu-lhe o céu em cima. É que nem uma desculpazinha...

E está à vista como funciona a relação entre Scolari e Madaíl... O Madaíl gosta de apanhar... Marotos...

* - Josip Broz Tito.

12.9.07

Do prazo de validade

Um homem sabe que não dá uma queca há muito tempo quando os preservativos de bolso passam de validade.

Independência “Pour les Flamands”

Quando o dinheiro falava francês e o trabalho flamengo, a coisa corria como na segunda guerra mundial em que os soldados franceses gritavam as ordens em francês e a seguir diziam "et pour les Flamands, la même chose". Agora, na Bélgica, o dinheiro fala flamengo e os franceses descobriram que não gostam muito de trabalhar sob as ordens dos flamengos...

10.9.07

The plot thickens...

O caso Maddie já estaria arrumado há muito tempo se tivessem logo convidado a Miss Marple para fazer umas férias na Praia da Luz. O próprio Sherlock Holmes não teria dito que não, apesar dos avisos de Watson. E se conseguissem trazer o Capitão Hastings da Argentina, por certo, Hercule Poirot teria tido muito gosto em resolver o Crime da Praia da Luz, apesar do ar do mar lhe fazer ao mal ao estômago.

Coisas que oiço dizer
Quando olho para aquele casal... Penso sempre que a miúda deve ter fugido deles.

Portugal. Esta merda! História não revista para incrédulos 13

Objectivos compridos cumpridos
O Portugal que ficou depois de andarmos na alta-roda de dividir o Mundo com os espanhóis, era outro Portugal. Estabelecemos longe de nós o Fim do Mundo para não andarem a dizer que era aqui. Depois cumprimos os objectivos religiosos dos descobrimentos, quer de proselitismo — mais ou menos o que os Testemunhas de Jeová fazem hoje em dia —, quer de cruzada — demos cabo da cabeça e do negócio aos infiéis (na altura eram eles...) no Indico. Mas ficámos deslumbrados quanto aos objectivos comerciais, em que fomos extraordinários.
Gnheirinho! Gnheirinho! Gnheirinho! Que se entranhou pelo país. Ou seja, foi até às entranhas do país. Foi lá recrutar mão de obra, obviamente. Nessa altura, os barcos, em vez de popa e proa tinham cebolas e alhos, para que os camponeses se pudessem orientar na Carreira das Índias. Umas caravelas que faziam a especiaria fluir e os portugueses viajar pela primeira vez. E assim, o dinheiro aflui-nos à carteira e rapidamente, subiu-nos à cabeça.

7.9.07

Dos entendedores

Ele citou um tipo, a citar outro tipo, que citava um fulano, sobre uma citação dum gajo, que se referia a uma coisa que um bacano um dia disse, sobre alguém que passava a vida a repetir as pessoas. E como dizia o outro...

Coisas do Centro da Europa

As amesterdanesas gostam de passear na bicicleta a sua excêntrica vaidade. Algumas passeiam a sua altivez de países baixos.

5.9.07

Da generosidade

É uma pessoa bondosa que não consegue dizer que não. Em casa, tem uma colecção de Borda d’Água, com dezenas de exemplares de cada ano, e algumas caixas cheias de pensos rápidos. Estima, mesmo, que pode ferir-se todos os dias até ao resto da sua vida.

Actualidades

As Mulheres e os Lobos
As mulheres são discriminadas no diagnóstico e no tratamento de doenças, diz uma análise aos dados dos hospitais públicos. Elas, que vivem até mais tarde mas com mais problemas de saúde, não são levadas a sério pelos médicos. Eu sabia que a ideia peregrina de inventar dores de cabeça para não ter que abrir as pernas havia de dar para o torto...

Clube dos Professores Desempregados
Depois de uma razia nas escolas artísticas Soares dos Reis e António Arroio — em que 67 professores foram à vida deles e os outros viram os horários e os ordenados reduzidos —, um professor da António Arroio, disse que "se o salário é baixo e nos tratam assim, o amor à camisola acaba por não compensar". Será que o amor não compensa?! Eis o drama.

É preciso perceber o drama dos professores que ficaram no desemprego. Não podendo leccionar, o que é que eles vão fazer? É dramático. Lembremo-nos que se trata de professores. Eles não sabem fazer nada...

4.9.07

Dos casamentos por fazer

Sei bem que as pessoas arranjam desculpas estranhas para justificar os seus comportamentos. Mas dar como desculpa o funeral da mãe para não ir ao próprio casamento? É de mais... A notícia correu rapidamente pela igreja, primeiro, à boca pequena e depois com alguma indignação. Todos ficaram muito abalados, mas a própria mãe foi a que ficou pior. Vindo mesmo, a falecer.

Portugal. Esta merda! História não revista para incrédulos 12

A sublime “Arte Tuga”
Como é que um pequeno país chegou tão longe? Esta é a pergunta que se pode fazer, quando cinco séculos depois olhamos para ele... Há diversas razões e uma em especial que não aparece nos livros de História. Claro que, foi necessário ter organização, tecnologia, “escola”, sorte, contexto histórico favorável, etc., etc. Mas, a razão última foi a “arte” portuguesa por excelência: o Desenrascanço! Muito mal visto hoje em dia, porque é utilizado, não como cereja no topo do bolo, mas como substituto da organização e do planeamento. O Desenrascanço é uma capacidade imensa de inventarmos coisas, soluções, maneiras, razões, subterfúgios, etc., etc., para fazermos o que é preciso fazer ou chegar onde é preciso chegar. Implica uma fusão do ser com o que o rodeia. Um ser com flexibilidade e com inteligência interagindo com o inexorável que o rodeia com vista a resolver um problema.
Foi algo que aprendemos desde que nos tornámos independentes e aprimorámos com o Oceano e com o Vento que até "virámos" a nosso favor. No fundo, a “arte” de conseguir navegar à bolina, que como sabem implica um certo zigue-zaguear para chegarmos onde o vento não nos levaria de outra forma. Visto de longe, de resto, parecemos um pouco tontinhos... Mas chegamos lá.

3.9.07

Das propostas milionárias

Estou preocupado com as pessoas da Costa do Marfim. É que estão todas cheias de dinheiro e não o podem usar... Ah se eu gostasse de dinheiro... Juro que os ajudava.

Coisas do Centro da Europa

A Flandres já esteve sobre o domínio de espanhóis, austríacos, franceses e holandeses — aliás, quase não houve ninguém que, a certa altura, não invadisse a Flandres. É uma espécie de umbigo da Europa — se alguma coisa se passa, passa-se lá. Talvez por isso, a capital belga que é na Flandres, mas não é, seja também a capital oficial da União Europeia...

E não, não é uma anedota de holandeses, os belgas gostam mesmo muito de batatas fritas...

1.9.07

Dos alcoolizados conscienciosos

Depois do Último Copo, à beira do coma alcoólico:
— Como é? Dás-me boleia ou chamo o INEM?

Portugal. Esta merda! História não revista para incrédulos 11

A globalizar desde 1500
Portugal não tardou a ter o mais interessante império comercial global de sempre. Para terem uma ideia, para a altura, era um império tipo McDonalds — estávamos em todo o lado! Foi pioneiro nesse sentido — lançou as bases do que se passa hoje em dia. Claro que hoje, é tudo numa proporção muito maior. Mas como ainda não há rotas comerciais com a Lua, as fronteiras do nosso não eram muito diferentes das de hoje.
Foi o início do movimento globalizador que está hoje em vigor. Globalização? Em 1500, já nós andávamos a globalizar muitas nativas por esse mundo fora! Isto é um bocado gabarola, mas é a nossa única oportunidade na História Universal!