tag:blogger.com,1999:blog-58455392024-03-22T04:08:38.751+00:00Grande coisa!Pequenas grandes coisas...grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.comBlogger1159125tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-85852407941714928362017-05-03T12:48:00.001+01:002017-05-03T12:48:59.159+01:00Teste<div dir="ltr">Que é isto?</div> grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-45367626305338933502009-04-29T12:04:00.001+01:002009-04-29T12:05:38.727+01:00Estou aqui<div align="center"><a href="http://www.oindesmentivel.com/"><span style="font-size:130%;">www.oindesmentivel.com</span></a></div><div align="center"> </div><div align="center"><span style="font-size:85%;">Inaugura à séria, dia 4 de Maio.</span></div>grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-90908661789377503512009-04-01T21:54:00.003+01:002009-04-01T21:56:25.319+01:00A verdade do dia<div align="center"><strong>Pena que </strong><a href="http://antologiadoesquecimento.blogspot.com/2009/03/fim.html#links"><strong>isto</strong></a><strong> não seja uma mentira de 1 de Abril.</strong></div>Coisahttp://www.blogger.com/profile/10942825827708679360noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-58426726979234221442009-03-17T20:56:00.001+00:002009-03-17T20:56:41.379+00:00Aqui me manifesto: sou contra ser-se a favor do contra só por favorecimento<strong><span style="font-size:85%;">Por Mauro Tristão, pessimista de serviço</span></strong><br /><br />A semana passada infelizmente não foi possível retomar estas crónicas. Depois de sair do congresso de Espinho fui desviado de má fé para Espanha e custou-me muito ter que voltar a este país. Chego no entanto a tempo de assistir à inutilidade da sua existência.<br />A manifestação da semana passada parece ter lançado Portugal no caminho da revolução. Não só me dói a alma como um joelho que nunca me foi bom e por vezes dou comigo de olhar vazio ao infinito a pensar como seria se tivesse ficado em Espanha. Mas tinha de me livrar do meu sequestrador e fugi.<br />Duzentas mil pessoas desfilaram por Lisboa, manifestando-se contra as políticas do governo. Lisboa parou. Eu saí de casa, cheguei ao fim da rua, vi aquele monstro a passar qual dragão chinês sem fim e voltei para casa. Do outro lado da rua ficou o meu amigo Sebastião à minha espera. Nem o avisei. A culpa do meu desvio a semana passada, também foi dele. Depois, no outro dia, disse-lhe que não podia ir ao encontro combinado. Não sei se ainda me fala.<br />Ficou tudo doido. Disseram logo que foi a maior manifestação de sempre. Até os directores dos jornais escreveram editoriais sobre o ajuntamento. A esquerda congratulou-se, depois disse que não tinha nada a ver com o assunto, que eram o trabalhadores, e depois afirmou que foi uma vitória sua. A direita, que foi mais uma manobra da esquerda, depois juntou-se ao cortejo em protesto contra o governo e clamou vitória porque havia uma pessoa verdadeiramente de direita na manifestação: o senhor Acácio que tem quase cem anos e que eu conheço bem e que, como já tem dificuldade em mover-se, foi arrastado pela Fontes Pereira de Melo abaixo. Só o largaram no Rossio e ele aproveitou para ficar a ver.<br />O primeiro-ministro primeiro disse que era uma manipulação do PCP sobre a CGTP e depois foi dizer à UGT para não se deixar manipular por partidos. Sobretudo pelo dele que apoia a tendência socialista da UGT que se reuniu para o ouvir falar. Depois disse que amanhã já ninguém se lembra e é verdade.<br />Esta manifestação foi uma pálida ideia do que é uma manifestação socialmente relevante. Por várias razões. Primeiro porque não faltou gasolina nos postos. Segundo porque não faltou comida nos super-mercados. E finalmente, porque ninguém sabe se lá estiveram duzentos mil. Dantes, os organizadores davam um número, a polícia outro e nós fazíamos a média. Normalmente oscilava entre um máximo de cem mil pessoas e um mínimo de três e a senhora Adelina. Que pela gritaria que faz tem de ser contada à parte, porque com um megafone nos beiços peludos enche o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré. Desde que a polícia passou a concordar com os números da organização para não dizerem que eles não sabem fazer contas – que não sabem –, as manifestações da CGTP passaram todas a ter duzentas mil pessoas, as dos professores mais de cem mil e as dos apanhadores de hortaliça das searas de Almeirim, cerca de trinta mil ou um pouco mais.<br />Uma manifestação da CGTP com 200 mil, é normal. É mais ou menos a quantidade de pessoas que eles conseguem juntar com meia dúzia de telefonemas e um e-mail com um vídeo engraçado em anexo, sem ter de trabalhar aos fins-de-semana, porque como são sindicalistas que trabalham para um sindicato, não podem trabalhar quando lhes apetece. Há regras. Que são muito bonitas. Mas ainda em Outubro de 2007 houve uma manifestação com 200 mil à porta da presidência portuguesa da EU em plena Expo. Na altura, a CGTP disse que era a maior dos últimos 20 anos e que a partir de então nada seria igual. Mas os jornais e os editorialistas andavam ocupados com o parto do nado-morto Tratado de Lisboa. E ninguém deu por isso. Eheheh! Já nem se lembram.<br />Desta vez a CGTP fez a manifestação no centro de Lisboa. O trânsito parou e toda a gente deu por ela.<br />Mas que é isto? Isto é uma brincadeira de crianças. Duzentas mil? Eu gostava era de ver esses senhores a trabalhar a sério e a juntar gente à séria. São precisos 10 gregos para fazer uma manifestação com cocktails de Molotov. Cem franceses de origem africana para pegar fogo a carros e cerca de mil ingleses para haver empurrões à séria desde que um seja de origem irlandesa. Alemães, basta um para f0*3* tudo. Mas é preciso pelo menos um milhão de portugueses para não se avisar pelo menos dez vezes que vai haver m3*da, antes de se começar a bater na polícia. Isto não é nada. Isto é um escândalo para este governo que nem sequer consegue mobilizar gente suficiente para se manifestar contra ele. E é por estas e por outras que a democracia está como está. Quando já nem as pessoas se manifestam, meus senhores, estamos perante o colapso.<br />Não sei se este país aguenta até ao fim do ano. Tenho cada vez mais dúvidas. E por falar nisso, também tenho cada vez mais dívidas.<br /><br />PS: Para que fique claro: estou profundamente contra o título desta crónica, que não é de minha autoria.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-10300692469603693322009-03-04T01:28:00.003+00:002009-03-04T01:57:29.695+00:00Congresso espinhoso<strong>Jornalista: Bem vindos. Estamos ainda em Espinho para o comentário de Mauro Tristão ao Congresso do Partido Socialista que terminou no passado domingo. Pergunto-lhe, Mauro, como viu este congresso?<br />Mauro Tristão:</strong> Antes de mais gostava de lamentar o seu regresso.<br /><br /><strong>Obrigado, mas não mereço tanto sentimento da sua parte...</strong><br />Nisso tem razão. Olhe quanto ao congresso pareceu-me fraquinho.<br /><br /><strong>Porquê? Por causa da ausência de discussão ou por causa da irrelevância, por Sócrates já ter sido eleito?... Porquê, Mauro?</strong><br />Este congresso decorreu na Nave Desportiva de Espinho. Como nave, nunca levantou voo, como desportiva nunca mexeu muito e de Espinho não vi sequer um robalo.<br /><br /><strong>Mas há robalo em Espinho?</strong><br />Não faço ideia, mas digo-lhe que em Espinho costuma haver um evento bem mais entusiasmante...<br /><br /><strong>E qual é?<br /></strong>O Encontro de Homens-Estátua.<br /><br /><strong>Estou a ver...</strong><br />Era até preferível que tivessem feito o congresso no Casino Solverde. Podia ser que Sócrates ganhasse algum para ajudar à crise que por aí vai.<br /><br /><strong>Quanto ao congresso propriamente dito, o que lhe pareceu a ausência de Alegre?<br /></strong>A sério? Ele não veio? Agora que fala nisso, não ouvi ninguém a declamar a Trova do vento que passa...<br /><br /><strong>Alegre, de facto não veio ao congresso. Não acha isso politicamente relevante?<br /></strong>Achava se Alegre fosse politicamente relevante, mas não é.<br /><br /><strong>Acha portanto que ele não tem a importância que se lhe dá?</strong><br />Antes pelo contrário. Alegre é o líder da oposição. E este seria o local por excelência para desafiar as políticas do primeiro-ministro. Por isso acho que fez bem em não vir.<br /><br /><strong>Mas isso parece-me um pouco contraditório...</strong><br />Mas você não tem nada que achar, porque você não percebe nada de política. Se percebesse não era eu que estava a ser entrevistado. É preciso perceber, que Alegre não pode fazer e não deve fazer nada. Ele é o Humpty Dumpty da política portuguesa empoleirado no muro da extrema esquerda. Se ele cair, para que lado for, nem todos os cavalos do rei nem todos os homens do rei, conseguirão juntar os pedaços que dali saírem.<br /><br /><strong>???</strong><br />Deixe lá. Passe à frente.<br /><br /><strong>E quanto a Vital Moreira, parece-lhe um bom candidato?<br /></strong>Não. Parece-me uma péssima escolha. Vital Moreira é neste momento o maior apoiante e defensor do primeiro-ministro. Bate até o autor deste blogue, por incrível que isso lhe possa parecer a si e a mim. A mim mais, que você é um ingénuo. Mas dizia eu que normalmente, os candidatos às europeias são pessoas que os dirigentes políticos querem ver pelas costas. Com Vital em Bruxelas quem é que vai defender Sócrates? O autor? Ele nem se consegue defender a ele próprio! Foi um tiro no pé.<br /><br /><strong>Acha então que Sócrates devia ter convidado, por exemplo, Alegre?<br /></strong>Você aprende depressa, mas desta vez está enganado: convidado, não, ordenado!<br /><br /><strong>Por falar em ordenar, Sócrates diz que quem mais ordena é o povo e não um director de um jornal ou uma televisão. Referia-se à campanha negra. Acha mesmo que há uma campanha negra?<br /></strong>Claro que há. A não ser que a tenham cancelado, mas avisavam-me se assim fosse. Ou você sabe de alguma coisa?...<br /><br /><strong>Não sei de nada...<br /></strong>Bem me parecia. Claro que há uma campanha negra. Eu aliás fui convidado para essa campanha pelo meu amigo do Ministério Público, para a função de pica-miolos.<br /><br /><strong>Agora é que não estou a perceber nada...</strong><br />Nem precisa que você é muito tenrinho. Digamos que há uma quantidade de gente como eu, que andam, digamos, por aí, e que sabemos muito bem como se governa um país porque já temos muitos anos a virar frangos neste atoleiro. E sabemos que não é como Sócrates está a governar...<br /><br /><strong>E como é isso? Sócrates está a governar mal?</strong><br />Não é tanto mal, o problema é ser arrogante e nós, especialmente eu, não gostamos de gente arrogante...<br /><br /><strong>Mas...</strong><br />Cale-se. E por isso andamos a meter o primeiro-ministro no seu devido lugar. Isto do Freeport ainda vai dar pano para mangas, mas já temos uma outra preparada.<br /><br /><strong>Outro escândalo?<br /></strong>Uma vergonha!<br /><br /><strong>E não nos quer adiantar pormenores?</strong><br />Não sei... É melhor não... Bom, convenceu-me. Tome, está aqui o dossier. Não ligue a esse carimbo de Assunto de Estado – Altamente Confidencial, que isso é só para enganar. Leia, leia e pode publicar tudo.<br /><br /><strong>Mas isto é um relatório chamado “Como Sócrates manipulou Bin Laden para que este atacasse as Torres Gémeas”... Isto é gravíssimo...<br /></strong>Não sei de nada. Você é que está a dizer e como você é jornalista eu acredito.<br /><br /><strong>Mas isto não é a sério pois não?</strong><br />Está a duvidar de mim? Fique a saber que quem assinou o decreto religioso a autorizar o ataque de 11 de Setembro foi Santos Silva, que como toda a gente sabe é mullah por parte do pai e taliban dos quatro costados do lado da mãe. Tão certo como eu estar aqui.<br /><br /><strong>Bom, parece-me exagerado. Vamos a uma última questão. Acha bem ou acha mal que Sócrates não tenha ido à cimeira da UE?</strong><br />Acho muito mal. Um ultrage que só demonstra como Sócrates não tem o mínimo respeito pelo país.<br /><br /><strong>Mas se tivesse ido, isso não...<br /></strong>Era uma vergonha, por desrespeitar o partido e a democracia portuguesa para ir a uma cimeira internacional.<br /><br /><strong>O melhor então teria sido encurtar o congresso?</strong><br />Não, porque depois da reunião do directório da União que antecedeu a cimeira, um primeiro-ministro que se preze devia ter faltado à cimeira como protesto.<br /><br /><strong>Mas ele faltou...</strong><br />Não seja insolente. Mas quem é que você pensa que é, só por ser jornalista acha que pode ter opinião. Limite-se a fazer perguntas. Não aceito mais nenhuma entrevista destas. Quero a minha crónica de volta.<br /><br /><strong>Bom, e é tudo daqui de Espinho. Boa noite.<br /></strong>Outra vez? Mas como é que você sabe que é de noite? Palerma... E porque é que ainda estamos aqui no meio de lado nenhum? Espinho disse você? Isto assim não vai lá, nunca!<br /><br /><a href="http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1367536&idCanal=23"></a>grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-57456407531689538332009-02-25T08:10:00.004+00:002009-02-25T08:18:22.850+00:00A corrupção sempre foi o cimento desta nação!<strong><span style="font-size:85%;">Por Mauro Tristão, pessimista de serviço</span></strong><br /><br />A boa notícia desta semana foi a “charutada” que Domingos Névoa levou por andar andar metido numas “ratices”, ou seja, “corrupção activa para acto lícito”. O empresário da Bragaparques tentou “comprar” há três anos o vereador José Sá Fernandes no caso da permuta dos terrenos do Parque Mayer pelos da Feira Popular. Agora o tribunal veio censurá-lo, aplicando-lhe uma multa de cinco mil euros. Confesso que nem sei por onde começar. Se pela “compra”, se pelo Parque Mayer, se pela Feira Popular, se pelos cinco mil euros ou se pelo Névoa. A verdade é que este caso se tornou claro como o dia: Portugal não é bem um país, é antes uma reunião de condóminos num prédio de gente pobre.<br />Comecemos por Domingos Névoa, um empresário, antes, respeitado, daqueles de que este país é feito e que fizeram este país contra ventos, marés e PDM’s. Ele merece esta condenação, este enxovalho público e esta pena. Domingos Névoa cometeu um erro fatal que muitos portugueses cometem. Foi-se meter com um advogado. Só pudemos confiar num advogado quando lhe estamos a pagar! (E mesmo assim...) E ele foi lá, para pagar ao irmão do advogado. Ora toda a gente sabe que os advogados não têm família! Logo, deu-se mal. Bem feita.<br />Quanto à condenação, parece-me óbvio que desistir de um processo judicial não é um acto ilícito. Para os magistrados, aliás, retirar mais um processo lento à justiça é até um acto de compaixão. Os senhores juízes tem mais que fazer que andar a tratar de assuntos tão pouco dignificantes como permutas, parques mayers e feiras populares. Coisas pouco de acordo com a importância magistral de senhores que ainda por cima, agora se encontram “citiados”.<br />Quem devia estar preso era o José Sá Fernandes. Então os políticos queixam-se de ganhar mal e de que no privado ganhariam muito mais e quando lhes é oferecida a possibilidade de continuar a trabalhar a coisa pública, ganhando dignamente, indignam-se como virgens ofendidas? É triste que ainda exista este tipo de políticos que são abandonados por todos, que comem a mão que os alimenta e que só querem poder, poder... O Zé, sem BE, sem Bragaparques, sem amigos, só pensa em ruas de contentores de carga pronta e lá metida sabe-se lá para que cargueiro espacial.<br />Ainda assim acho que acabou tudo pelo melhor e cinco mil euros parece-me um preço razoável, sobretudo em tempos de crise da construção civil. A verba que eu acho elevada é a de duzentos mil para “comprar” o Zé. Domingos Névoa revelou-se assim, um péssimo empresário. Queria comprar um político por 200 mil euros, quando afinal, segundo a magistratura, ele apenas vale cinco mil.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-51066202171772342612009-02-18T01:07:00.001+00:002009-02-18T01:10:54.989+00:00Sócrates é o pior ditador desde que há registos históricos<strong><span style="font-size:85%;">Por Mauro Tristão, pessimista de serviço</span></strong><br /><br />A boa notícia desta semana é a reeleição de José Sócrates para secretário-geral do PS por 96,43% dos votos. Ficou assim à vista, o que antes eram apenas suposições: Sócrates é um ditador. Um péssimo ditador. Tal como Salazar (curioso o facto de ambos os nomes começarem pela mesma letra?!...), Sócrates vai levar o nosso país à desgraça e à miséria. E já estamos a meio caminho, ou seja, no Canal Caveira, ensopados ainda no borrego, como quem vai para o Algarve para lhe desaparecer um filho.<br />O primeiro-ministro diz que a actual situação económica que o país vive se deve a uma crise internacional de proporções bíblicas. A mim ele não me engana. Para mim é claro que a crise se deve a ele e às suas políticas, tal como confirmam todos os partidos à esquerda e à direita do PS. Diria mais, há dedo de Sócrates nesta crise mundial. Não sei bem como, mas ainda o hei-de apanhar. Nem que eu tenha que aceitar que afinal ele sempre sabe inglês técnico o suficiente para ter provocado uma crise tão americana.<br />Após quase quatro anos de governação socrartista (ele é um artista a governar), o país está de rastos. Às vezes, tenho mesmo uma pontinha de saudade de Santana Lopes, que não teria arte para estragar assim tanto o país. Tem boas ideias, mas nunca foi muito competente...<br />É vergonhosa a situação a que este país chegou, em que um líder vence eleições internas com uma percentagem semelhante às de Saddam Hussein que mandava matar os opositores. Não se compreende, como é que um partido esteja silenciado, com medo, diria mesmo, borrado de medo. Sim, os militantes socialistas estão borrados de medo de Sócrates, tremelicando em cantos escuros no Largo do Rato. Sabem bem que se falarem para dizer o que for, logo o cão de fila dos assuntos parlamentares lhes cairá em cima, a malhar neles. Sócrates pode não ser gay como diziam, mas pela sua mão, o PS deixou de ser um partido de luta e passou a um partido de pipis mariquinhas.<br />Mas não é de admirar. Diz o povo e muito bem (que o que o povo diz é sempre bem dito quando me agrada) “diz-me com quem andas...”. Embora não me lembre do resto do ditote (“para bom entendedor...”), a verdade é que Sócrates só se dá com gente que sabemos serem ditadores: Hugo Chávez, José Eduardo do Santos, Muammar al-Khadafi, Vladimir Putin e uma prima minha que é o diabo.<br />Como ditador, Sócrates é ainda pior que como primeiro-ministro. É de uma incompetência extrema. Repare-se como nem sequer consegue controlar a sua bancada parlamentar, onde um velho poeta velho faz o quer e bem lhe apetece. Se Sócrates fosse um ditador à séria, que não é, Manuel Alegre, por tudo o que já fez e já disse nestes quatro anos, já estaria exilado num qualquer sítio onde fosse preciso perguntar ao vento que passa por notícias deste país. Uma vergonha.<br />Isto não é uma nação, é uma encenação. Isto não é um país, é um dislate. Isto não é democracia. É ditadura e da pior. Uma ditadura incompetente na sua própria dura ditação. Como é possível eu ainda poder escrever o que escrevo e dizer o que digo? Como é possível eu poder dizer que Sócrates é um mentiroso, um aldrabão, um vendido, uma besta e um transsexual diabético. Numa ditadura à séria isto era impossível.<br />Não vejo luz nenhuma ao fundo do túnel. O último a sair deve seguramente tê-la apagado.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-12475334285238012782009-02-11T22:50:00.002+00:002009-02-11T22:56:11.711+00:00Taxa de natalidade vai aumentar em Portugal a olhos vistos<strong><span style="font-size:85%;">Por Mauro Tristão, pessimista de serviço</span></strong><br /><br />É com tristeza que acabo de confirmar junto do autor do blogue, que esta crónica tem obrigatoriamente de se centrar numa boa notícia. A única coisa que me consola é o facto de nestes tempos que correm, as boas notícias serem tão raras como os casos que envolvem o primeiro-ministro em aldrabices de todo o tamanho. Ou seja, há algumas mas pouco consistentes. Por isto mesmo, esta semana, decidi eu dar a notícia.<br />A taxa de natalidade em Portugal vai aumentar. Estou certo que todos considerarão que isto é uma boa notícia. Eu não. Mas isso é outra história que o autor do blogue nunca explicou verdadeiramente.<br />A verdade é que uma larga percentagem dos portugueses vai ter mais tempo para dedicar a si próprio. Com os despedimentos em massa a que temos assistido, estou certo, que vai aumentar o número de masturbações e de fornicações. Sobretudo nos casos em que marido e mulher, ambos perderam o emprego. Como se sabe, gente pobre sem nada para fazer costuma reproduzir-se aos magotes. Finalmente, a população portuguesa vai competir de igual para igual com os povos dos férteis países do terceiro mundo. O que já se vê, é a própria da desgraça.<br />O país é pequeno e pobre e já está, hoje em dia, superlotado. O dinheiro é pouco para tanta gente e casa onde não há pão, todos ralham e o Sócrates é que tem razão. E, se alguém discorda, malha-se neles, disse o cão de fila do governo e eu acredito porque o homem dá-me medo.<br />Pior do que existirem dez milhões de portugueses, é existirem mais ainda. E não é só aqui em Portugal que é mau existirem muitos portugueses. Em Inglaterra, por exemplo, eles também acham que por poucos que sejam, os portugueses (e pelos vistos também os italianos) são sempre a mais. British jobs, for british workers, disse o primeiro-ministro inglês. Os nossos costumam dizer o mesmo: portuguese jobs, for portuguese boys.<br />Os nossos empresários, com a erudição que lhes é reconhecida, decidiram desde o primeiro momento, aderir a este movimento internacional de dar descanso aos portugueses. Com o objectivo de ajudar a sociedade neste momento de crise, puseram-se a despedir as pessoas, para que o governo possa mostrar que está a fazer alguma coisa pela crise, atribuindo-lhes o subsídio de desemprego. Passarão agora a ter que se apresentar quinzenalmente no centro de emprego e a procurar activamente trabalho. O que fará muitos operários sem habilitações, despedidos de fábricas que deixaram o concelho no desemprego, a viajar por este país fora ou – o ideal – a emigrarem de vez.<br />Numa altura em que o pão é cada vez menor, a confusão maior e o perigo de nos reproduzirmos rapidamente muito forte, chegou a altura de falar claro: meu caro concidadão, não pergunte o que o seu país pode fazer por si, faça você alguma coisa por ele, por favor, emigre!grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-88301178866009188922009-02-03T08:55:00.002+00:002009-02-03T09:00:17.457+00:00O fim da crise e toda a verdade sobre o estranho caso do Freeport<strong><span style="font-size:85%;">Por Mauro Tristão, pessimista de serviço</span></strong><br /><br />A boa notícia desta semana foi o fim da crise. Já não era sem tempo. Infelizmente, o fim da crise ficou a dever-se aos novos capítulos de uma novela passada em Alcochete e que mete a família real britânica. Trata-se de mais uma grande produção de ficção nacional que tem entretido os portugueses e os tem agarrado às notícias como cães a um osso velho. Mas, pelo menos, nunca mais se ouviu falar da crise que nos assolava.<br />O enredo desta novela remonta ao início da década, quando um personagem maligno de nome Zeferino Boal engendrou uma carta anónima com o inspector Elias Torrão da Judiciária, e com o inspector Tiger da Scotland Yard, expondo o estranho caso do Freeport. Aqui começa a trama e a vulgaridade do guião. Na verdade os nossos guionistas são muito maus e apontam sempre para o cliché em vez de tentarem ser criativos. Ora, chamar ao vilão Zeferino Boal, é um chavão de todo o tamanho. Pior só se lhe chamassem Cipriano Bocagrande. Já o inspector Tiger é uma agradável referência a um sketch dos Monty Python, pelo que se saúda.<br />A novela não passa de um pastelão sensaborão que faz do Equador uma obra-prima. O personagem principal é um homem que desenhava casas horríveis até ter comprado um curso de engenharia e se ter tornado homossexual, para ter algum sucesso num partido político que passava o seu tempo numa casa em Elvas com meninos da Casa Pia. Outro chavão é utilizado para o nome do protagonista: Sócrates. Torna-se óbvio que o personagem no final virá a morrer envenenado por não querer renunciar à verdade: o Magalhães é um embuste. Fica a saber-se que parte da culpa é da mãe de Sócrates que começa por ir viver para o mesmo prédio do filho e da sua mulher (era casado antes de se dedicar ao Freeport), provocando o divórcio dos dois. A mãe compra o apartamento a uma empresa off-shore que perde dinheiro na venda e mais tarde vai vingar-se subornando-lhe o filho que entretanto chega a Ministro do Ambiente. É aqui que entra o tio, um homem com um princípio de Parkinson e um final de Alzheimer que envia o filho para a China, para um centro de artes marciais. A missão do filho do tio é preparar-se para o grande duelo final com Zeferino Boal.<br />A “british connection”, um tal de Smith, juntamente com um português com o nome de Pedro (mais uma vez, uma referência desnecessária, aqui ao apóstolo que renegou Cristo três vezes) são a ligação entre Sócrates, o tio, o primo, o dono do Freeport, a família real inglesa e Mohamed Al-Fayed. E porquê Al-Fayed? Por causa do seu filho Dodi que a família real mandou “sumir” juntamente com Diana. A verdade é que com a aprovação das alterações à ZPE, Sócrates, não só aprovou o Freeport, como alterou o fluxo normal de migração dos Maçaricos de Asa-Longa para Inglaterra, impedindo assim, a descoberta de que foi a família real que pagou ao poste para se atirar para a frente do carro de Dodi e Diana. Conseguindo ainda a nomeação da coroa inglesa para primeiro-ministro de Portugal.<br />O enredo parece intricado mas não é. Na verdade, posso até desvendar o final para desilusão de toda a gente que ainda me esteja a ler: a culpa é do casal McCann. Temo que a partir daqui o nosso país entre em entropia seguida de dissolução das instituições. Parece-me até improvável que se consigam fazer eleições este ano, entre os tumultos anunciados, os motins inevitáveis e o burburinho no café aqui em baixo que me deixa louco. Estou deserto para que comecem os motins para eu acabar com isto.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-58681284233145203082009-01-30T09:18:00.001+00:002009-01-30T09:20:44.831+00:00Será mentira?<div align="center"><span style="font-size:130%;"><strong>Há uma conspiração no ar...</strong></span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;"><strong>Parece-me uma grande coisa...</strong></span></div><div align="center"><span style="font-size:130%;"><strong>Para breve!</strong></span></div>grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-88335163613446336552009-01-27T06:40:00.003+00:002009-01-27T06:58:59.052+00:00Só comparável a Jesus Cristo<strong><span style="font-size:78%;">Boas notícias por Mauro Tristão, pessimista de serviço</span></strong><br /><br />A boa notícia da semana é a tomada de posse do novo presidente americano, Barack Obama... Ahahaha! Perdoem-me mas não consigo esconder o riso. Ahahah! Hu! Ok. Estou controlado. Vamos lá.<br />Vi tudo com atenção e confesso que por momentos cheguei quase a sentir uma certa, como hei-de dizer, não é bem comoção, foi mais um aperto no peito. Mas suponho que pode ter sido um ataque cardíaco porque passou-me rapidamente e voltei a tomar atenção à tomada de posse. Foi uma cerimónia que estranhamente decorreu sobre um frio árctico e eu acho que isto simbolicamente pode querer dizer alguma coisa. Da mesma maneira que o estranho engano durante o juramento também me parece querer dizer alguma coisa. E não menos estranho, o vestido de Michelle Obama, decididamente, só pode querer dizer alguma coisa. Mas neste caso, não faço ideia do que seja. Porém, nem tudo correu assim tão bem. Dois velhotes, um deles Ted Kennedy, quase iam quinando, manchando assim a festa. E com isto está tudo dito. Foi um dia aziago, uma cerimónia agoirada, um almoço que cheirava a morte e um vestido aterrador. No final, sempre que via alguém a falar de esperança, dava-me vontade de rir. Sei que não me fica bem, mas não consigo evitar.<br />Mas vamos ao que interessa. Barack Obama é presidente há uma semana, parece-me justo fazer um balanço desta semana de presidência. E o balanço confirma o que eu previa. A América está enterrada numa crise financeira sem precedentes, numa crise económica avassaladora, em recessão e com mais desempregados que um café com SporTV em dia de jogo. O défice disparou, a divida pública é um recorde absoluto e as medidas de Obama não tiveram efeito nenhum, nem na crise, nem na estupidez de um primo meu que mora nos States. A América está ainda afundada em duas guerras sem fim à vista, com um problema energético estrutural e com milhares de problemas um pouco por toda América e por todo o mundo que Barack nada fez para resolver. A vergonhosa prisão de Guantanamo continua aberta, o que significa que ainda lá estão pessoas fechadas.<br />É um balanço extremamente negativo. Não há memória de a América alguma vez ter estado tão mal quanto está neste momento sob a liderança de Obama. O mesmo que vinha salvar o mundo e nem sequer conseguiu cumprir a mais simples de todas as promessas de campanha: comprar um cão às filhas. É triste. É muito triste. Mas não me surpreendem estas pessoas supostamente “optimistas” e “inspiradoras”, que não passam de vendedores da banha da cobra. Barack, que seria o paladino da mudança, após sete dias, os mesmos que Deus precisou para fazer o mundo todo, nem sequer conseguiu acabar com o racismo na América. Um bluff. O maior bluff da história desde Jesus Cristo que vinha para salvar os homens e vejam no que deu. Se ao fim de uma semana é assim, imaginem ao fim de um mandato. Esqueçamos a América. Foi chão que já deu uvas. Esperemos apenas que não nos venham pedir uma esmola que nós também temos os nossos problemas.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-91606021846586930722009-01-21T19:27:00.000+00:002009-01-21T19:59:44.229+00:00Do cu<object height="344" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/_9uYfP4dOms&hl=en&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/_9uYfP4dOms&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-55082825508389757772009-01-19T06:30:00.001+00:002009-01-19T06:33:58.444+00:00Cessar-fogo ou acabou-se a lenha vou buscar mais<span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">Por Mauro Tristão, pessimista de serviço</span></span><br /><br />A boa notícia da semana é o cessar-fogo israelita na Faixa de Gaza... Peço desculpa, estou a ouvir agora que já foi quebrado... Confirma-se o cessar-fogo também do Hamas e o início da retirada das tropas israelitas. Parece-me que agora é certo e posso anunciar, houve mesmo um cessar-fogo na Palestina, ou seja, alguém ficou sem munições.<br />Uma das razões porque foi bem pensada a criação do Estado de Israel onde ele existe, é porque assim, só se estraga uma casa como se costuma dizer no nosso país. Eu detesto tanto os israelitas como os palestinianos e não conheço povos mais quezilentos, à excepção de uma tribo brasileira que mata estrangeiros com pauladas na cabeça e uma tribo do norte de África que vive num arquipélago ao largo de Marrocos, a que deram o nome de Madeira.<br />Entendo este cessar fogo como um intervalo naquele passatempo já com algumas décadas, mas com origens milenares, de judeus e muçulmanos andarem às turras seja com quem for. Mas desde que os meteram juntos, o Mundo nunca mais foi o mesmo. Para os judeus foi bom, porque nunca mais foram expulsos de lado nenhum, para os muçulmanos foi uma benção porque passaram a ter o infiel à porta de casa, pelo que não precisam de ir para longe para mandar umas pedras ou uns rockets.<br />Um dia que alguém, como por exemplo um presidente americano, enfie um dedo no cu do primeiro-ministro ou da primeira-ministra israelita e lhes diga para se portarem como gente civilizada, talvez nesse dia, com um batalhão de soldados nas ruas para controlar os não menos bárbaros palestinianos, se consiga uma paz definitiva. Talvez então surja um estado palestiniano e os judeus se sintam em segurança. Mas se isso acontecer, o que irá aquela gente fazer para obter os mesmos níveis de adrenalina que obtêm a viver em constante arruaça? Vão-se dedicar a quê? Desportos radicais? Não sei. Mas temo que no dia em que o médio-oriente deixe de ter problemas, o resto do mundo entre no caos absoluto com zangas e zaragatas, gente a atirar pedras e rockets, guerras e destruições. Já imagino o secretário-geral da ONU chateado a dizer que tem que haver um cessar-fogo e a levar com um rocket em cima, como quase aconteceu em Israel há dias para ele não ser parvo. Seria, finalmente, o apocalipse. Mas por muito que eu gostasse que o fim do mundo ainda fosse no meu tempo, gostava de viver mais uns anos e por isso espero que o conflito na Palestina se mantenha por muitos bons anos e que continuemos a assistir impávidos e serenos enquanto morrem eles, porque é sinal que não morremos nós.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-46228257159187734272009-01-13T06:44:00.000+00:002009-01-13T06:45:02.959+00:00Numa fria<span style="font-size:85%;"><span style="font-weight: bold;">por Mauro Tristão</span></span><br /><br />Fui ameaçado pelo dono deste blogue de não puder escrever estas crónicas caso insista em abordar más notícias. Parece que a ideia original era que eu comentasse apenas boas notícias e se o não fizer terei que ir escrever para de baixo de uma ponte. Como não quero ser um sem-abrigo da escrita, com uma revolta profunda no meu coração e porque antes assim que pior, acedi. Cá vai.<br />A boa notícia é que tem estado fresquinho. Sobretudo na economia, mas não só. Chamam-lhe vaga de frio, mas parece-me um exagero. Diria que arrefeceu um bocadinho, mas estou convencido que as temperaturas ainda deviam descer muito mais. Talvez então o nosso país se tornasse num país civilizado. Não é à toa que os países nórdicos são os mais civilizados, os mais ricos e os que funcionam melhor. O que este país precisava mesmo, era de dois ou três anos de Inverno rigoroso o ano todo, para ver se se endireitava. Nada como temperaturas negativas e uns nevões de cortar estradas para lembrar a esta canalha que habita o jardim à beira mar plantado, que tem que trabalhar à séria e deixar-se de queixas com o único intuito de não fazer nada. Então, talvez pudessem sobreviver ao Inverno. Sem garantias, claro, que até os do centro da Europa sabem que ainda assim, se a Rússia corta o gás, voltam todos a viver como os homens das cavernas. Talvez nessa altura os nativos ganhassem alguma compostura. Desde logo começavam todos a andar melhor vestidos. Perdiam essa mania de andar com dois ou três trapos no corpo, de chinelo no pé e de peles à mostra como caniches depois da tosquia. Acabava-se ainda com essa mania infeliz de ir para a praia apanhar sol que só provoca cancros na pele e derrete as moleirinhas. Cabeças frias pensam melhor que cabeças quentes, toda a gente o sabe e então talvez pudéssemos vir a ter um país com deve ser, ou seja com pessoas a pensar. Infelizmente não tenho nenhuma esperança que isso aconteça. Este frio é apenas passageiro e até o governo, assim como anda a salvar empresas numa fria, se pudesse, acabava com ele.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-90602502787025956822009-01-06T17:57:00.002+00:002009-01-06T18:01:18.617+00:00Mauro Tristão: Finalmente, a crónicaÉ com prazer que posso anunciar ter-me visto livre daquelas entrevistas absurdas, conduzidas por um ser difícil de adjectivar que se auto-intitulava Jornalista e, pela idiotice que demonstrava, acredito mesmo que o fosse. A partir de agora, embora ele possa voltar a todo o momento (não tenho a certeza de ter apertado bem as cordas), continuarei a minha infeliz participação neste blogue através desta crónica. Embora seja para mim muito penoso ter que escrever tudo isto no computador e posteriormente publicar no blogue, encontrei uma forma de não o fazer ao obrigar a Nikita, a minha empregada ucraniana, a fazer tudo isso por mim. Uma tarefa árdua na medida em que ela não fala uma palavra de português e eu tenho que lhe apontar as teclas todas, uma a uma. Enfim, modernices, que no meu tempo não existiam. Refiro-me às empregadas ucranianas, que dantes eram todas do norte do país e apesar do buço pelo menos sempre percebiam o português embora também não o falassem nem o escrevessem.<br /><br /><strong>2009, odisseia na crise</strong><br />A verdade é que ninguém previu a crise de 2008. Ninguém excepto eu, que andei a avisar toda a gente sobre esta crise, pelo menos desde 1954. Mas ninguém me quis ouvir e claro, ninguém fez nada. Agora não há cão nem gato que não preveja o pior para 2009. O Presidente da República diz que vai ser “muito difícil”, o primeiro-ministro diz que vai ser o “cabo das tormentas” e um primo meu diz que vai ser a costela partida de quem escorrega numa casca de banana e cai de costas em cima de um monte de caca de cão com diarreia. Talvez. Tenho dúvidas.<br />A verdade é que ninguém previu a crise de 2008, como é que eu posso acreditar que 2009 vá ser mau? Eu gostava de acreditar nisso, gostava de pensar que este ano que agora começa vai ser um dia frio carregado de nuvens negras com cheiro de morte e devastação. Mas começo a ter dúvidas. Esta gente nunca acerta em nada e isso é meio caminho andado para eu ter tantas dúvidas como o país tem dívidas. Um ano com três eleições?! Temo que só vá ser mau para mim.<br />O governo vai dar tudo a toda a gente: à empresa, à família, aos pais, aos filhos, à avozinha doente, ao cão, ao gato e ao cágado do menino. A oposição vai prometer os mundos e os fundos que o governo não pode dar mas eles hão-de dar assim que se apearem. As campanhas vão alegrar as ruas, os comícios as praças e os políticos as portas dos incautos. Comigo se cá vierem bater à porta levam logo com o bacio.<br />Concluindo, 2009 vai ser um ano de festa e alegria com recessão, sem recessão, com emprego ou subsidio de desemprego, com feriados e pontes e dias de voto que são óptimos para uns fins-de-semana de praia ou de montanha. E isto é que me dói. E o que me alivia é saber que em 2010 vamos pagar por tudo isto.<br />Por isso, não me venham dizer que 2009 vai ser um ano mau. A mim não me enganam. Vai ser mau é para mim que tenho aturar esta porcaria toda.<br /><br /><span style="font-size:85%;"><strong>Mauro Tristão</strong></span>grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-47413765405888362592008-12-31T07:52:00.003+00:002008-12-31T08:04:05.038+00:00Um ano a balançar<span style="font-weight: bold;">Jornalista: Bem vindos ao já habitual comentário de Mauro Tristão, o nosso pessimista de serviço. Hoje à distância, já que Mauro Tristão ausentou-se do país devido às festas, mas vamos tentar entrar em contacto com ele. Mauro, está a ouvir</span><span style="font-weight: bold;">-me</span><span style="font-weight: bold;">?</span><br /><span style="font-weight: bold;">Mauro Tristão:</span> Cof! Cof!...<br /><span style="font-weight: bold;"><br />J: Mauro Tristão?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Cof! Arghh! Arrerre! Cof! Cof! Aarrgh! Argh! Cof…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom parece que há alguma interferência na comunicação…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT: </span>Diga, homem, cof, diga, isto é só uma tosse. Arrghrgsh… Shht…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Desculpe mas pelo barulho parecia mesmo alguém a morrer.</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Sou eu que estou a morrer.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas está doente?</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Muito doente, muito doente.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Isso é que é pior…</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Já estava doente e agora fiquei pior. Recebi os exames…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: E passou de ano ou está mesmo doente?</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Engraçadinho… Tenho estado doente. Muito doente. Mas agora chegaram os exames médicos e afinal diz que não é nada… Estas bestas nem conseguem encontrar o meu problema, enfim… médicos…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Não fique assim abatido, da forma como o costumo ver fumar, estou certo que não durará muito.</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Acha?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Acho.</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Mas acha o quê? Meta-se na sua vida. Eu não lhe confiava nem a minha vida, quanto mais a morte. Cof, cof! Não tem mais nada para me perguntar? Se não tem, acaba-se com isto que eu tenho mais que fazer.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Não precisa irritar-se. Imagino que, apesar de estar doente, aí em Porto Alegre terá muito que fazer…</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Qual Porto Alegre, estou em casa, em Lisboa. Fiquei doente e não fui a lado nenhum. Passei o Natal na cama com febre e só me levantei para vir falar consigo por esta coisa…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Coisa? Pelo computador?</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Sim. Despache-se homem, despache-se que estar em frente destas máquinas dá-me comichões nas partes pudibundas.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Ok. Ok. Vamos já passar ao que interessa, às boas notícias. Não sei se antes de mais, quer fazer um comentário à mensagem de Natal do primeiro-ministro ou…</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Isso são coisas sem interesse nenhum. Ainda se o país se estivesse a afundar numa crise… Isso sim, seria uma boa notícia para mim.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas o país está a afundar-se numa crise, Mauro…</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Mas não é assim tão grave… Não é que o mundo esteja numa crise devastadora…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Desculpe mas o mundo atravessa a pior crise desde 1930!</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Ah! Você diz isso só para me animar…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Estou a falar a sério.</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Seja como for, já me animou.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Na verdade, hoje em dia parece só nos restar a esperança de um futuro melhor…</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Essa é boa. A Esperança…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: A Esperança é a última a morrer…</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> E não acha isso estranho?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: O quê?</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Que morra toda a gente e só fique a Esperança?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Estranho? Não. É uma expressão que se usa…</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Sabe porque é que a Esperança é a última a morrer? Sabe?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom, porque é um…</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> A Esperança é que é a assassina. Ela mata toda a gente primeiro. Sabe o que eu costumo dizer? Quando já só resta a Esperança o melhor mesmo, é uma pessoa pôr-se a caminho da outra margem, parar o carrinho a meio da ponte sobre o Tejo, fechar o carrinho, dizer adeus e saltar lá de cima. A Esperança… A única Esperança que conheci na vida, vim a descobrir que era um travesti e nunca mais acreditei em nenhuma.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Estou a ver… Como este é o último comentário do ano, não sei se quer fazer um balanço do ano?...</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Confesso que não foi um mau ano.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Diz isso por causa de derrocada do sistema financeiro, da crise mundial, do sismo da China…</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Digo sobretudo porque finalmente este ano acabaram as obras no meu prédio e finalmente posso dormir a sesta em paz e não ter o desprazer de encontrar aqueles homens horríveis nas escadas…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Está a falar dos pedreiros?</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Dos trolhas, aquilo são trolhas. Há pedreiros muito decentes. Mas isto são trolhas que se embebedam antes das onze da manhã e blasfemam o resto da tarde.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas em termos nacionais não encontra nenhuma boa notícia que nos dê alguma esperan… quer dizer, alento?</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> A nível nacional? Não.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Imagino que o facto de 2009 poder ser um ano muito pior que este ano de 2008, já o anime.</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Tenho dúvidas. Isso foi o que o primeiro-ministro disse, mas o homem está farto de prometer e não cumprir. Ele farta-se de mentir e a mim parece-me que essa história de 2009 ser um ano mau não passa de uma mentira.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas com que objectivo o primeiro-ministro iria pintar um cenário negro?...</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Para assustar as pessoas. Não se esqueça que para o ano há eleições legislativas e a ideia é dizer às pessoas que as coisas estão tão mal, tão mal que elas devem ter medo. E os portugueses com medo costumam votar em quem lá está, por medo de mudança.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom, parece-me algo exagerado… Então acha então que o próximo ano vai ser melhor que este?...</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Não me parece.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas…</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Acho mesmo que vai ser um ano péssimo. E em termos nacionais, muito francamente se pedir a minha opinião eu acho que a única solução era fazer o inventário, fechar o país e entregá-lo aos credores, obviamente. E quanto mais depressa melhor porque como sabe nas falências se a coisa não for grave, os credores ainda podem manter-nos a laborar durante algum tempo. Porque se for grave, somos todos despejados e eu pessoalmente não tenho para onde ir...<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Isso parece-me muito exagerado. E em termos internacionais?</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Aí estou mais optimista.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: A sério?</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Sim, acho que a situação pode piorar muito.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Você engana-me sempre, sou muito ingénuo.</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Não seja convencido. Ingénuo?! Isso é um eufemismo, você é mesmo é parvo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Nem tanto. Mas pode piorar como?</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Uma coisa lhe posso dizer com alguma certeza e mesmo com alguma desilusão: o mundo não vai acabar em 2009. Mas vai andar lá perto e isso é um motivo de orgulho para todos nós.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom e foram os votos para o novo ano de Mauro Tristão. Bom ano também para si Mauro, até para o ano.</span><span style="font-weight: bold;"><br />MT:</span> Bom ano para si, embora muito francamente eu não sei se você se vai aguentar para o ano. Mas quem sou eu para fazer previsões?!... Não é?...grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-72982598453815415442008-12-23T19:47:00.003+00:002008-12-23T20:13:00.827+00:00Natal Tristão<span style="font-weight: bold;">Jornalista: E como é habitual temos connosco Mauro Tristão, o nosso pessimista de serviço para o comentário semanal. Não sei se quer destacar a boa notícia da semana que passou?...</span><br /><span style="font-weight: bold;">Mauro Tristão:</span> Para mim todas as notícias são más.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Compreendo, mas de certeza que das diversas notícias há-de haver uma positiva. Vejamos… O não do parlamento europeu às 65 horas de trabalho, parece-me a melhor notícia da semana…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> A si e a toda a gente.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas o problema é?...</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Não há problema nenhum. Era uma estupidez aumentar o horário de trabalho. A Europa está pobre, estamos à beira da recessão, da falência e do desaparecimento e como sabe, nunca foi a trabalhar que alguém ficou rico.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Está a ironizar?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Não tenho a certeza.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom fiquemos assim, talvez possamos mudar de assunto. Por exemplo, a condecoração de Manoel de Oliveira…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Isso é que não. Já não aguento falar desse homem. É como um emplastro que nunca mais morre. Anda sempre a fazer o último filme há mais de trinta anos. Ele não merecia uma condecoração, merecia era uma certidão de óbito.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas mesmo não gostando dos filmes de Oliveira…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Quem é que lhe disse que não gosto? Gosto e muito, dos bons obviamente, porque ele faz alguns filmes que nem o mais reles principiante desse antro a que chamam Escola de Cinema conseguia fazer. Às vezes pergunto-me se ele ainda vê e sobretudo se ouve. Uma coisa é certa, a cinematografia de Oliveira sofre nitidamente de Alzheimer.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: (Cof! Glup!) Bom, mudemos de assunto. Tentemos por exemplo os sapatos contra Bush…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Ora aí está uma excelente notícia.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J. A sério?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Desta vez é a sério. Repare que o facto de aquele jornalista iraquiano mandar os seus sapatos contra Bush, revela toda a situação do Iraque. Por um lado, mostra que o Iraque já é um país livre. Pelo menos para atirar sapatos ao Bush. Repare que até na América, apesar de quererem muito, nunca ninguém tinha tido coragem para o fazer. Depois, o jornalista não conseguiu acertar. O que demonstra que ainda assim, é cedo para retirar as tropas americanas. Os iraquianos ainda precisam de tempo para afinar a pontaria. Acho que Bush deveria visitar o Iraque novamente daqui as uns meses…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Ok. Não o vou maçar com mais assuntos. Teremos oportunidade de voltar a alguns deles em próximas semanas. Mas vou terminar com algo que, imagino, não deve gostar muito: o Natal!</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Como é seu apanágio, está enganado. Gosto muito do Natal.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Isso não deixa de ser surpreendente…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> É das minha épocas favoritas.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas o que é que o faz gostar do Natal, é o espírito natalício?…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Obviamente que não. O espírito natalício é todos os anos esfaqueado até à morte dentro de catedrais do consumo. A coisa mais abjecta da nossa civilização continua a ser a obscenidade da entrega de prendas a crianças ranhosas que se babam em cima de brinquedos que só vão ver nessa noite ao rasgar o papel de embrulho.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas este ano segundo os dados que temos, os portugueses estão a gastar menos...</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Estou muito contente por saber que esta gentinha toda este ano está tão miserável que finalmente deixaram-se de consumismos exacerbados. Pena é que continuem a comprar aquelas bugigangas chinesas asquerosas que ao fim de um tempo perdem a tinta ou ganham gordura nos cantos e tornam-se apenas bibelots de lixo e bactérias. Mas as pessoas sempre gostaram de viver no meio da porcaria…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas o que é que gosta no Natal?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT: </span>O que eu gosto mesmo, é da noite de Natal…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Ah! A reunião da família?...</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Se você tivesse uma família como a minha, onde entre outras alimárias se contam três alcoólicos, duas velhas neuróticas, uma tia perigosamente psicótica, um irmão esquizofrénico – o melhorzinho, de resto – e outro que é um perigoso homicida, percebia porque é que eu passo o Natal sozinho, muito obrigado.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Estou a ver…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Não está, nem imagina. Mas posso dizer-lhe que guardo muitas boas memórias da noite de Natal.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Ah! Então junta-se com amigos em volta do bacalhau...</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Não seja palerma. Gosto do natal porque é a altura que anda toda a gente entretida com compras, fechadas em centros comerciais e assim não me chateiam. Até porque à distância, adoro ver pessoas desesperadas a correr de um lado para o outro como baratas tontas alternando entre a raiva pelas outras pessoas que os atrasam e o espírito natalício que é suposto terem. Muito perto do sindroma bipolar, maníaco-depressivo como um dos meus primos…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Então e o que faz na noite da consoada?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> É a altura ideal para passear pelas ruas, sozinho. Não se vê vivalma, não há ninguém para me chatear, não há palermas como você, de andar apressado ou a buzinar, rua abaixo, rua acima. É o paraíso.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Parece-me um pouco frio para passear...</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Em Porto Alegre, no Brasil? Não. Nesta altura do ano está sempre calor. Vou sempre no dia 23 e só volto no dia 5 de Janeiro.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Quer dizer que parte hoje?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Exacto.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom Natal para si, Mauro Tristão.</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT: </span>Curiosamente, a Natal não vou. Mas Bom Natal para si.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: E Bom Natal também para aqueles que nos seguem. Até para a semana com o comentário de Mauro Tristão em directo do Brasil…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT.</span> "Em directo"... Você nem no Natal pára com as aldrabices…grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-86684821514380764692008-12-18T14:09:00.001+00:002008-12-18T14:12:28.888+00:00Tem piada...<object height="264" width="425"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/QYyJ_URkCCU&hl=en&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/QYyJ_URkCCU&hl=en&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" height="264" width="425"></embed></object><br /><br />Há também uma versão "Benfica e o adeus à Uefa" <a href="http://www.youtube.com/watch?v=QbFgj87p9LY">aqui</a>. Encontrei os dois <a href="http://acausafoimodificada.blogs.sapo.pt/219247.html">aqui</a>.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-73010882676775070252008-12-16T09:03:00.002+00:002008-12-16T09:11:01.963+00:00Comentário de Mauro Tristão ao BPP<span style="font-weight: bold;">Jornalista: O governo salvou o Banco Privado Português e assim impediu a falência daquele banco numa altura em que atravessamos uma crise mundial sem precedentes. Pergunto-lhe a si, Mauro Tristão, isto é uma boa notícia?</span><br /><span style="font-weight: bold;">Mauro Tristão:</span> É uma boa notícia, sem dúvida.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: A sério? Acha que a salvação do BPP é uma boa notícia?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Não. Referia-me à crise mundial sem precedentes. O que o governo fez com o BPP é um escândalo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Quer explicitar?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Antes de explicitar gostava de fazer uma declaração de interesses. Eu uso muito uma caixa de multibanco do BPP e a maioria das vezes a máquina está sem papel para dar talões e das outras vezes não tem dinheiro ou tem problemas técnicos. Pelo que, o meu ódio por tudo o que tenha a ver com este banco, é infinito. Isto, no entanto, não altera em nada a minha opinião sobre o assunto…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Muito bem. E qual é então a sua opinião sobre o assunto?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Acho que o BPP devia ter ido à falência, os bens confiscados, balcões e sede destruídos e pulverizados com venenos potentes que não permitissem nunca mais, que crescesse sequer uma erva daninha em nada que tenha pertencido a essa casa de malfeitores com nomes esquisitos.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Nomes esquisitos?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Nomes esquisitos pois! Rendeiro por exemplo. À partida, ter dinheiro num banco dirigido por um homem chamado Rendeiro, podia pensar-se que renderia. E rendeu. Mas para quem? Para o Rendeiro. Os senhorios, esses, ficaram a arder, e ficariam a arder com muito mais não fosse o caso de o estado pagar os estragos. Nos senhorios temos gente como Saviotti. Pergunto-me, quem é que tem um nome assim?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Os italianos. </span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> E que são os italianos conhecidos por?...<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Por serem mafiosos?...</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> É verdade, mas os italianos são sobretudo conhecidos por serem parvos – veja o Berlusconi –, e este Saviotti não foge à regra, tanto que se deixou enganar por um Rendeiro muita mais mafioso que ele. Isto explica tudo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas não explica porque é que o governo decidiu salvar o BPP…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Mas explico eu para que não se pense que este governo anda a salvar coisas, quando toda a gente sabe que este governo anda sim a destruir tudo, desde o sistema nacional de saúde, passando pelo sistema educativo até à auto-estima das crianças do primeiro ciclo que tem que usar um Magalhães todos os dias.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Então porque é que o governo salvou o BPP? Terá sido, como Teixeira dos Santos disse, porque isso afectaria a imagem de Portugal no estrangeiro?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Isso não pega. Toda a gente sabe como é difícil a Portugal ter ainda pior imagem no estrangeiro onde somos conhecidos pelo ‘P’…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Pelo ‘P’?...</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Sim. De “PIGS” de Portugal, Italy, Greece e Spain. Teixeira dos Santos mentiu. O que não é novo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: É verdade, ele chegou a dizer que não existiam mais bancos em dificuldades.</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Mentiu e muito bem. É o trabalho dele. Os ministros das finanças o que não podem é dizer a verdade. Era o mesmo que o seu contabilista andar a contar a verdade sobre as suas contas. Gostava?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Não é que eu tenha nada a esconder, mas não gostava…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Ora aí está. O segredo é a alma do negócio e no que toca a ministros das finanças, o negócio é o orçamento e a mentira é o segredo da alma. Se o ministro das finanças dissesse a verdade, o que ele dissesse passaria a ser falso só porque ele o disse. Percebe?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Não.</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Então, é porque me estou a explicar bem. Passemos à frente. E feche a boca. Vejamos então… O governo não salvou o BPP. É tudo uma farsa…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Uma farsa?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Sim, uma farsa. O que o governo fez foi esconder a falência do BPP.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Quer explicitar?</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Quero.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Então, força.</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Força, não. Força faço eu na casa de banho. Faça favor…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Desculpe… Faça favor.</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Obrigado. O governo no fundo nacionalizou a falência ficando com os bens do banco e vai agora vender o banco aos bocados. Ninguém diz nada disto porque o banco é de ricos e é preferível fazer passar a ideia que o governo salvou um banco dos ricos. Mas é falso. Os ricos não dizem nada porque têm rabos de palha e ainda têm algum dinheiro lá encavado que não perderam. Mas este vai ser o banco que o Sócrates salvou. Quer o Rendeiro, quer o Saviotti entre outros vão ficar eternamente agradecidos a Sócrates e sabe o que isso significa?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Não.</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> A par com o BPN e por causa desta crise financeira, significa que o estado já não vai ter que se vergar aos interesses económicos. O que é um escândalo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Pensei que era bom.</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> Nem pensar. Prevejo o pior. Qualquer dia deixamos de ter razões para acusar o estado de ser fraco e nesse dia arriscamo-nos a que ele se torne forte. E só há uma coisa pior que um estado fraco que se verga aos interesses económicos que é um estado forte que não se verga aos interesses económicos. Nessa altura vai-se vergar a que interesses? Nem quero imaginar…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Muito obrigado Mauro Tristão, o nosso pessimista de serviço. É tudo por esta semana. Para a semana, cheira-me que vamos continuar a falar de bancos…</span><br /><span style="font-weight: bold;">MT:</span> A mim também me cheira mal, mas como não tomo banho há uns dias pensei que fosse disso…grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-43828705001687789212008-12-15T05:49:00.002+00:002008-12-15T05:53:58.610+00:00Soquetes<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/vSzLx81aXpg&hl=pt-br&fs=1"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/vSzLx81aXpg&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object><br /><br /><object width="425" height="264"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/WtUWwYqpFKM&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/WtUWwYqpFKM&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="264"></embed></object>grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-577446449740207142008-12-11T10:52:00.000+00:002008-12-11T10:53:41.467+00:00Sempre a trabalharSketch <a href="http://humorparadoze.blogs.sapo.pt/43689.html">aqui </a>no blogue do colectivo.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-45134326689579876542008-12-08T08:08:00.004+00:002008-12-08T08:19:30.923+00:00Comentário de Mauro Tristão a Ronaldo<span style="font-weight: bold;"><br />JORNALISTA: Bem vindo Mauro Tristão, o nosso pessimista de serviço, comentador de boas notícias. E a boa notícia é que Cristiano Ronaldo foi agraciado com a Bola de Ouro, distinção atribuída pela revista “France Football”. Depois de Eusébio e Figo agora Cristiano Ronaldo…</span><br />MAURO TRISTÃO: E depois?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: O que pensa disto?</span><br />MT: Penso que é muito triste que seja um madeirense a ganhar este prémio.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom, mas Ronaldo é acima de tudo português…</span><br />MT: O Eusébio é que é acima de tudo português, apesar dos benfiquistas o reclamarem indevidamente. O Figo como toda a gente sabe é da fundação dele. O Ronaldo, no fundo, é de Alex Ferguson e não português.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Diz isso porque Ronaldo não mostra na selecção, o que mostra no Manchester…</span><br />MT: Olhe que você não é tão parvo como parece. Isso de resto apenas vem demonstrar que os portugueses só trabalham bem lá fora. Ou melhor, trabalham bem quando são mandados por estrangeiros, como aconteceu com Scolari e com Mourinho…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas o Mourinho é português…</span><br />MT: Então você acha que um homem com o sucesso de Mourinho alguma vez podia ser português? Não me faça rir. Até porque os tradutores não têm pátria. Mourinho é bobby-robsonense.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Tenho dúvidas... Mas voltando a Ronaldo. Qual é a razão do sucesso deste miúdo?</span><br />MT: Do puto?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Não ia tão longe…</span><br />MT: Então, a razão do sucesso… Ronaldo sabe usar a cabeça.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Está a falar do profissionalismo que ele demonstra…</span><br />MT: Não.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Desculpe. Está então a referir-se a ele também marcar golos de cabeça apesar de ser um extremo…</span><br />MT: Não. Refiro-me ao contrato que ele tem com o BES. De tanto repetir nos anúncios que sabe usar a cabeça, começou de facto a tentar…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: E isso explica o sucesso?</span><br />MT: Não, isso explica os golos de cabeça e as putas. Mais tarde é que lhe explicaram que também podia usar a cabeça para pensar.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Quer dizer então que o segredo do sucesso de Ronaldo é o BES?</span><br />MT: Não. Quero dizer que o Alex Ferguson é que é o BES.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: E acha que poderá estar para falir?</span><br />MT: Não, a rainha já o nacionalizou há algum tempo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Talvez… Surpreendeu-se com este prémio?</span><br />MT: Não, porque Cristiano Ronaldo já demonstrou ter características que fazem dele merecedor de um prémio com este poder mediático.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: E que características destaca em Ronaldo?</span><br />MT: Desde logo a capacidade para namorar cabeleireiras promovidas e meninas de centro comercial famosas.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas boas com’ó milho!?</span><br />MT: Então? Já chegámos à Madeira ou quê?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Por falar em Madeira, acha que Cristiano Ronaldo é a quinta essência da Madeira de Alberto João Jardim?</span><br />MT: Ainda bem que me faz essa pergunta, desde logo porque eu ficaria chateado se você não a fizesse quando eu lhe pedi expressamente para a fazer. Depois porque eu considero que sim. Repare que dos melhores jogadores do mundo, a maioria são de países do terceiro mundo, normalmente regimes despóticos, de tiranetes sul-americanos. Pelo que Ronaldo não foge à regra.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Devemos por isso agradecer Ronaldo a João Jardim?</span><br />MT: Devemos sobretudo agradecer Ronaldo ao insucesso escolar e também à miséria madeirense de que ele ainda jovem fugiu. A miséria sempre foi e há-de ser o terreno mais fértil onde medram os homens.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Medram os homens?...</span><br />MT: Neste caso nem tanto, é verdade, afinal estamos a falar de jogadores de futebol…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Obrigado Mauro. Ficamos por aqui.</span><br />MT: Não tem que agradecer porque faço isto por puro desprezo por mim próprio.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-59231135606703336242008-11-30T00:52:00.005+00:002008-12-08T08:08:17.089+00:00Comentário de Mauro Tristão ao BPN<span style="font-weight: bold;"><br />JORNALISTA: Boa noite Mauro Tristão...</span><br />MAURO TRISTÃO: Como é que sabe que é noite se isto é um texto que só vai ser publicado por escrito num blogue obscuro e pode ser lido a qualquer hora do dia?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom, desculpe, mas tinha de dizer alguma coisa e...</span><br />MT: E nada, continue.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Antes de mais gostava de ouvir a sua reacção à detenção de Oliveira e Costa na sequência do caso BPN?</span><br />MT: É uma vergonha que só neste país é que acontece.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas o quê?</span><br />MT: Prenderem banqueiros que alegadamente cometeram fraudes.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas acha mal.</span><br />MT: Um escândalo. Os banqueiro não podem ir presos porque podem ir parar à mesma cela de um assaltante de bancos. Acha bem? Pergunto-lhe, acha bem?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Acho.</span><br />MT: Eu acho péssimo. Como toda a gente sabe, a prisão é uma escola do crime. De hoje para amanhã vamos ter assaltantes de bancos a chegar a um balcão e, em vez de pedirem o dinheiro, pedem um veículo especial numa offshore para desviar milhares de milhões de euros. Prevejo uma tragédia no futuro…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom e quanto à nota do Presidente da República a esclarecer a sua não relação com o BPN?</span><br />MT: Olhe, eu acho que há duas coisas que nunca se devem fazer em política. Uma, é não fazer nada. E a outra, é fazer alguma coisa.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Como assim?</span><br />MT: Por um lado foi um erro por parte de Cavaco…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas por outro lado...</span><br />MT: Seria um erro se não o tivesse feito.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Então que podia ter feito Cavaco Silva?</span><br />MT: Olhe, podia ter fingido que ia dizer alguma coisa sobre o assunto e depois podia falar sobre a confecção de bolos-rei.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bolos-rei?</span><br />MT: Porque não? Vem aí o Natal…<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Não me parece grande ideia... Mas porque acha que Cavaco sentiu necessidade de fazer este esclarecimento preventivo?</span><br />MT: É óbvio que com tanta movimentação em torno do BPN e dos seus administradores cavaquistas, mais tarde ou mais cedo, a questão iria colocar-se: o que é que Cavaco tem a ver com isto? Nessa altura, ele teria de vir muito incomodado dizer que não tem nada a ver com o assunto. Que ponto final e fim de assunto. E assim, toda a gente ficava a saber que ele tinha.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas se ele dizia que não tinha…</span><br />MT: Toda a gente sabe que quando um político diz que não tem nada a ver com um escândalo, é porque tem. Veja o caso do Dias Loureiro… Até porque se não tivesse nada a ver com o assunto, há muito que o teria dito.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Então foi por isso que Cavaco veio já dizer que não tem nada a ver com o assunto?</span><br />MT: E porque o fez, ou seja, por A mais B, percebemos agora. que Cavaco está até ao pescoço nisto do BPN.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas acha que Cavaco tem mesmo alguma coisa a ver com o BPN?</span><br />MT: Claro. Se não tivesse, por que razão havia o presidente de vir desmentir uma mentira que ainda não existe? Só porque os jornalistas não paravam de fazer perguntas a toda gente? Incluindo ao senhor Armando que é segurança no balcão do BPN de Oliveira de Azeméis? Não me parece. Para mim é claro como a água que Cavaco quer esconder alguma coisa.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas ele disse expressamente que não tem nada a ver com o assunto...</span><br />MT: Repare que falar antes de tempo foi considerado um suicídio para Carlos Cruz.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: O que é que uma coisa tem a ver com a outra?</span><br />MT: Tudo. Há mesmo que perguntar: o que é que Cavaco Silva tem a ver com o processo Casa Pia?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: …</span><br />MT: Pergunte!<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Ah, desculpe, desfaleci por momentos. O que é que Cavaco Silva tem a ver com o processo Casa Pia?</span><br />MT: Não sei. Ele nunca o desmentiu.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Mas por que é que ele haveria de desmentir uma coisa quando ninguém falou dela...</span><br />MT: Está agora a perceber onde eu quero chegar?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Sim, mas Cavaco não tinha nenhuma ligação com o processo Casa Pia.</span><br />MT: Tinha com Carlos Cruz.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Com Carlos Cruz?</span><br />MT: Claro. Olhe, eu pessoalmente conheço o Cavaco Silva da televisão. E de onde é que eu conheço o Carlos Cruz? Da televisão também. Eles andam lá os dois, por mim estão metidos um com o outro?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Não me parece, mas...</span><br />MT: E digo-lhe mais. Se Cavaco Silva se quer distanciar dos escândalos dos amigos, porque é que ainda não se distanciou de Manuela Ferreira Leite?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Como assim?</span><br />MT: Ou será que Cavaco também acha que se devia suspender a democracia por seis meses? E quem é que ficaria a mandar nisto tudo nessa altura? O homem do leme? Está a ver onde eu quero chegar?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Estou, mas...</span><br />MT: E mais. E este problema com os professores, de quem é a culpa?<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom, não sei, vou arriscar: de Cavaco Silva...<br /></span>MT: Exactamente. O que é Cavaco Silva? É um professor, logo é ele que está por trás dos sindicatos a provocar estas manifestações contra o Governo.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Não me parece. Como é que pode afirmar isso?<br /></span>MT: Como é que posso? Por duas razões óbvias. Por um lado ele nunca o desmentiu. Por outro, alguém tem de estar. Porque uma classe profissional que não consegue fazer uma avaliação por causa da burocracia, nunca conseguiria organizar uma manifestação por causa da confusão que são os horários do autocarros.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">J: Bom, muito obrigado. Foi o comentário de Mauro Tristão, o nosso pessimista de serviço.<br /></span><br />(Editado em 08.12.08)grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-83881633987538531572008-11-27T23:22:00.001+00:002008-11-27T23:24:23.648+00:00Recordar é viver #2<object width="425" height="344"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/BhZApqEaqHQ&hl=pt-br&fs=1"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/BhZApqEaqHQ&hl=pt-br&fs=1" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="425" height="344"></embed></object>Coisahttp://www.blogger.com/profile/10942825827708679360noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5845539.post-43236841816168828432008-11-25T08:10:00.002+00:002008-11-25T08:13:13.455+00:00Actualidades(No âmbito do exercício de rádio do curso de humor, mas não saíram grande coisa...)<br /><br />A <span style="font-weight: bold;">cimeira do G20</span>, que teve lugar em Washington, serviu para debater a crise mundial e apontar as medidas necessárias para a combater. Para evitar a ideia que se tratou de uma festa de ricos em plena depressão económica, os representantes dos países optaram por comer sopa de pacote e atum em lata da Bom Petisco fornecido por Durão Barroso.<br /><br />Governo anunciou que iria anunciar para breve um <span style="font-weight: bold;">anúncio</span>. A oposição já reagiu criticando o anúncio do Governo que devia era governar e não anunciar. Pelo menos é o que consta do anúncio da oposição.<br /><br />Acusado de não ajudar as pessoas, o Governo iniciou vários programas de <span style="font-weight: bold;">apoio social</span>. A oposição já reagiu, criticando duramente o governo pela sua tendência socializante de ajudar as pessoas que precisam. “Uma vergonha”, terá dito Manuela Ferreira Leite, “fazer exactamente o que eu disse que era preciso fazer. Este governo a roubar ideias políticas parece o Paulo Branco a roubar ideias para festivais de cinema no Estoril”, terá dito.<br /><br />O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, considerado até pela oposição como um pilar da estabilidade deste governo, foi considerado pelo Finantial Times como o <span style="font-weight: bold;">pior ministro das finanças da Europa</span>, devido ao desempenho económico do país. Manuel Pinho partiu-se a rir.<br /><br />Depois de um ano de investigações, Polícia Judiciária começou a chamar os <span style="font-weight: bold;">boys pelos nomes</span>.<br /><br />O Governo vai vender ou arrendar a <span style="font-weight: bold;">sede do Ministério da Defesa</span>. O edifício, localizado no Restelo, conta com inúmeras assoalhadas, boas áreas, água corrente, vista magnífica sobre o Tejo e inclui um edifício anexo, dois generais no activo e um brigadeiro na reforma que se ajeita com a jardinagem. Contacta o próprio… o Governo.<br /><br />A Ordem dos Médicos recusou as críticas da Direcção Geral de Saúde, segundo as quais os <span style="font-weight: bold;">médicos prescrevem demasiados antibióticos</span>. Adiantando que a culpa é dos farmacêuticos que vendem os medicamentos, porque os médicos limitam-se a preencher os cupões para ganhar as viagens ao Brasil. A colóquios e solilóquios de medicina e também algumas prostitutas.<br /><br />Sócrates considerou que os últimos dados do <span style="font-weight: bold;">desemprego </span>são melhores do que o esperado. Estava à espera de bem pior, terá dito. Manuel Pinho partiu-se novamente a rir.<br /><br />Manuela Ferreira Leite quer <span style="font-weight: bold;">interromper a democracia durante seis meses</span>, numa espécie de intervalo para publicidade, mas em vez de anúncios quer fazer reformas. Porque diz não ser possível fazer reformas em democracia. Salazar foi ouvido a bater palmas na tumba.<br /><br />Manuela Ferreira Leite pode ter contraído um <span style="font-weight: bold;">vírus político raro</span> que dá pelo nome de Táctica Santanista. A actual líder do PSD poderá ter contraído o vírus quando uma vez cumprimentou Pedro Santana Lopes, apertando-lhe a mão. Lembramos que esta doença venérea foi iniciada exactamente em Santana Lopes. Os sintomas são diarreia verbal e o paciente tende a enterrar-se à medida que vai falando.<br /><br /><span style="font-weight: bold;">Ferreira Leite quer ressuscitar Salazar</span> para este vir reformar o país durante seis meses. A oposição alerta para o facto de na última vez o fulano também só ia resolver uns problemazitos e ficou lá 40 anos. Na rua já só se ouve que isto precisava era de uma Ferreira Leite em cada esquina.grandehttp://www.blogger.com/profile/12949613616712522357noreply@blogger.com1