Das piadas ou a comédia autofágica (2)
Tinha sempre uma piada na manga. Um dia descobriram e mataram-no – não gostavam de batoteiros.
Pegava no bloco de piadas e numa caneta, sentava-se na sanita e escrevia, escrevia... Eram piadas de merda, mas quando acabava sentia-se mais aliviado.
Quando teve a ideia, riram-se dele. Quando montou a fábrica, riram-se dele. Quando começou a vender as piadas embaladas no vácuo, para se rirem, tiveram que pagar.
Era um comediante maniqueísta – dividia as pessoas em dois tipos: os que se riam das suas piadas e os que não tinham sentido de humor.
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