11.5.08

Peregrinações da Gula

A minha fé e devoção transformaram-me num peregrino fundamentalista. Vai daí, na passada sexta-feira peguei no colete reflector e nos mantimentos e fiz-me à estrada.
O meu caminho teve início na antiga "nacional 1", com uma paragem religiosa na Jomafel, para degustação de um cálice sagrado e um prego divinal. De volta ao caminho, decidi não mais parar enquanto não alcançasse o santuário.
Chegados ao Gerês, os assistentes que me acompanharam brindaram-me com uma hidratante "malga" de vinho verde que mantive religiosamente nas minhas mãos durante uma oração que durou quatro garrafas.
A minha dedicação não me permitiu ter muito tempo para repouso, visto que as costeletas de vitelo, a chanfana e a pescada fresca não me deixaram em paz.
Foi um fim-de-semana dedicado à paz interior (estômago e intestinos), à meditação (drogas leves) e contemplação da natureza (vinho verde tinto e branco).
No domingo, ao almoço, a ultima ceia desta epopeia, enquanto a Vitela à minhota com batatas assadas e grelos salteados me inspiravam silencio, passei os olhos pela TV e pelas celebrações de Fátima e fiquei com a ideia que os adeptos da Cova da Iria não estão nada satisfeitos com o líder dos católico-apostólico-romanos. Pensei isso porque os tiffosi de Maria passaram o tempo todo a acenar com lenços brancos. Mas como eu de futebol não percebo nada!

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