30.3.07

Das metáforas

Falava sempre por metáforas. Para atenuar a violência do óbvio.

Das paralógicas
Falava sempre por metáforas que se faziam ouvir e causavam no outro uma sensação de ter bebido daquela sabedoria. Mas não era tanto por isso que usava as metáforas. Na verdade nunca se lembrava da questão em concreto. Por isso, construía metáforas em volta da ideia que tinha da questão, até finalmente se lembrar, verdadeiramente, dela.

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