13.4.06

Actualidades frenéticas

“As pessoas diziam que eu não estava bom da cabeça.” E não estava mesmo, era bipolar! Um em cada cem portugueses sofre de doença bipolar, diz um estudo recente. Antes denominados maniaco-depressivos, estes doentes sofrem acentuadas variações de humor, ou seja, dão para os dois lados. Isto explica muito acerca do comportamento de José Castelo Branco.
Mas entre a depressão e a mania total estão também, Manuela Moura Guedes, Anabela Mota Ribeiro e pelas estatísticas pelo menos três deputados da Assembleia da República. Já em Paulo Portas e Odete Santos, não se trata de defeito mas sim de feitio.
Estes doentes são levados frequentemente ao abuso de alcool e drogas, prescritas ou ilegais, em 60% dos casos. O que os ajuda pelo menos a parecerem um pouco mais normais. É o caso de Ronald Koeman.
Entre 15 a 20% dos casos suicidam-se, por vezes sem sucesso como Zé Maria. Uma pequena percentagem desata a fazer sexo como e com animais, casos de Frota e Elsa Raposo.
O próprio país é por vezes acusado de bipolarismo, mas também de bipartidarismo e de bipedismo, pela forma como se põe sempre em bicos de pés. Umas vezes deprimidos, outras cheios de todas as manias possíveis e imaginárias como as ideias de termos a melhor selecção do mundo, mas sermos o pior país do mundo, entregamo-nos frequentemente ao alcool e às drogas ou suicidamo-nos na estradas. Até em contra-mão! Uma pequena minoria, vai para o poder foder o que resta...

O parlamento português, ontem não votou por falta de quórum. Um deputado que não se quis identificar afirmou tratar-se de um “episódio lamentável de que não há memória”, ao telefone de Andorra onde se prepara há uma semana para passar a páscoa.

O Supremo Tribunal de Justiça absolveu uma mulher acusada por maus tratos a crianças deficientes. Nomeadamente, fechar um menor de sete anos com psicose infantil, na despensa para que ficasse menos activo. O Supremo considera que se trata de um castigo normal de um “bom pai de família”.
Um dos juízes afirmou que ele próprio fecha o seu filho num quarto escuro, quando este se porta mal. “O meu filho até gosta, ou então com quarenta e dois anos e três tratamentos de toxicodependência, já teria saido de casa!” Acrescentando: “depois de umas horas eu entro e jogamos ao quarto escuro como bom pai e bom filho!”. Não admira por isso, que a acusada fosse ainda absolvida por amarrar “os pés e as mãos de um menor à cama” para que ficasse menos activo, ou seja mais passivo, terão afirmado os juízes, muito familiarizados com estas práticas. Tudo pelo amor às criancinhas. Viva o Supremo!

Sem comentários: