11.6.06

Diagnóstico de um Mundial

Previsão da carreira de Portugal no Mundial da Alemanha 2006 da fase de grupos, baseada na interpretação de cascas de tremoços e no gás da imperial.

Angola
Portugal iniciará a sua participação no Mundial da Alemanha de 2006 no dia 11 de Junho, jogando contra a selecção de Angola. Na primeira parte, a equipa nacional cedo descobrirá o terreno dos Palancas Negras, povoando-o, gradualmente, até obter um domínio completo de todo o campo. O intervalo, porém, trará surpresas. Os angolanos reiniciarão a partida decididos a enfrentar os tugas, utilizando para isso todas as armas ao seu alcance: pernas que nem catanas, placagens explosivas e ofensivas guerrilheiras. Ao minuto 25 tudo mudará. Um incidente na selecção portuguesa produzirá uma revolução que fará os jogadores portugueses abandonar o relvado deixando-o livre para os Angolanos que, ofendidos, dividem-se e terminam o jogo fratricida jogando 6 para 6 balizas pequenas. Uma derrota para Portugal que Marcelo Rebelo de Sousa considerará previsível, que já tinha chamado a atenção para isso e que até recomendou um livro a falar disso.

Irão
O Irão irá jogar com Portugal no dia 17. Para as aspirações portuguesas, este é um jogo muito importante, diria mesmo que será um jogo nuclear. Apesar de disfarçados, o árbitro é americano, os assistentes suíços e o quarto árbitro é da Nicarágua. O árbitro vai ameaçar não começar o jogo enquanto o Irão não trocar o equipamento de chita e não desistir dos planos de enriquecimento de Urânio. O quarto árbitro estará do contra e defenderá que o jogo deve começar. O Irão alegará que não tem outro equipamento e que o dinheiro é deles, e eles enriquecem o que eles quiserem. Os assistentes mantém-se neutros. Finalmente, Scolari oferece uma solução ao árbitro: os portugueses fornecem antes volfrâmio aos iranianos, que assim enriquecem os árbitros assistentes e o quarto árbitro fica satisfeito. Em troca, Portugal marca um golo de balão que vai parecer um Cessna a cair em Camarate. A bola não se percebe se chega a entrar. Durante 100 anos a sociedade portuguesa discutirá se foi golo ou não, apesar de o árbitro confirmar o golo. O Irão perde o jogo por 1-0 mas consegue os seus intentos de jogar com o equipamento de chita. Luís Guilherme considerará este jogo como uma vitória clara e transparente da selecção nacional, chamando a atenção para a categoria do árbitro.

México
A equipa mexicana começará desfalcada, depois de parte dos seus elementos ter apanhado um voo para os Estados Unidos da América onde foram logo recambiados para o México. Apesar disso, os técnicos mexicanos montaram uma táctica que irá fazer os portugueses sentirem-se gringos: por trás da baliza portuguesa colocarão uma faixa a dizer “Cantina” e quando um jogador mexicano tem a bola, alguém grita: Eih! They are giving free tequilla down in da cantina. — É vê-los correr qual Speedy Gonzalez direitos à baliza. Ricardo conseguirá porém confundi-los, atirando frangos para as bancadas. Mas mesmo assim, não impedirá um 1-0 que se manterá até perto do final do jogo. A poucos minutos do fim, Petit, com o seu mau feitio gritará para os adversários: O Salazar? O Salazar era um cabrãozito de merda. Um assassino. — E vai de ceifar pernas mexicanas. Os mexicanos, ofendidos, vão-lhe tirar satisfações: Mas quem, o vosso Salazar de Almeida da série 24? Ou o vosso ditador de mierda? — É claro que, quando o Cristiano Ronaldo (chateado pelos mexicanos jurarem que a Merche Romero é mexicana e que toda a equipa do México já foi com ela para a cama) vem dizer que o bandido era o Emiliano Zapata Salazar, os mexicanos ficam piúrços. Mas Petit, auto-rebaptiza-se Petit Pizarro, vai-se a eles e chacina-os marcando. O jogo acaba empatado. Gilberto Madaíl acabará o jogo a defender a dignidade, o carácter e a memória de Salazar. Ninguém lhe perguntou qual com medo.

Não perca em breve as previsões para a fase seguinte desta vez baseada em cascas de amendoim e espuma de garrafa de sagres agitada.