31.8.06

Ele há coisas! IV

"Ainda ontem proibi que as finanças da Madeira mostrassem aqui e ali aqueles que devem ao fisco."
(Alberto João Jardim in DE)

29.8.06

Do sofrimento

O sofrimento extremo de um machista é dar-lhe comichão nos “tomates” quando está a dar uma cena de “paneleiragem” na televisão.

Gato Noites

É um feliz “casamento”, este da PT com os Gato Fedorento. É que todos os contactos que tive com os serviços da PT sempre me fizeram lembrar os sketchs dos Gato.

Com os Gato Fedorento a anunciarem para a PT, suponho que pela lógica a TV Cabo vá utilizar o Benny Hill para os seus anúncios. Pelo menos não me lembro de nenhum comediante mais obsceno...

A PT decidida a opor-se à OPA de Belmiro de Azevedo sacou do seu último trunfo: os Gato Fedorento. Dizem que Belmiro de Azevedo não tem parado de rir.

Sempre admirei os Gato Fedorento e agora ainda mais. Os quatro elementos dos Gato são os únicos portugueses que não são gozados pela PT.

Da mulher

Toda a história da Mulher moderna: Do Avental ao Fio Dental.

Da dureza

Era um homem tão duro, tão duro que nem a morte conseguia entrar nele. Aproveitaram e meteram-no num pedestal a servir de estátua a ele próprio.

Da espera

Mandou-me aguardar apenas 30 segundos. Pareceu-me sensato. Passadas três horas, ainda me pedia 30 segundos, perdi a cabeça: fiz ctrl+alt+del.

27.8.06

Dos decotes

As mulheres saiem à rua de decote pelo umbigo para o mostrarem a um homem. E passam o resto do dia a aturar todos os outros.

Da miséria

O Salazar era tão poupado, tão poupado que mandou a PIDE colocar sempre outro preso político ao lado do que estava a levar, para não se perderem nem as que caíam no chão.

25.8.06

Da locomoção

Questionei-a sobre a forma como se movia: Isso é tudo classe? Não, respondeu-me, em parte é da paralisia cerebral.

Das festas

Desculpe, acha que o seu marido gostaria de ir para a cama comigo? Não?! Então, o convite é só para si.

24.8.06

Da inimizade

És muito bonita mas pouco inteligente: Não gostas de mim — mais uma razão para me foderes...

Coisas que oiço dizer...

Deveria ser uma petição nacional. Eu deixava de escrever por uns tempos.

Mais coisas que oiço dizer...

A única ajuda informática que um utilizador de Mac sabe dar é: "Se tivesses um Mac isso nunca aconteceria".

22.8.06

Da inspecção

E lá foram, os dois, à inspecção. O carro passou, mas ele não.

Da poluição

Gostava tanto de cheirar os próprios peidos que deixou de comer comida de plástico com medo que se tornassem tóxicos.

Da memória

Sabes, às vezes gostava de ter Alzheimer para poder esquecer tudo isto. — Mas, tu tens, tu tens...

Da propriedade

A minha mulher não tem nada que seja dela — deu-me tudo. Dela mesmo, só tem o cú.

Do futebol

Mas como é o que o meu problema pode ser da visão, doutor, se o que eu tive foi um ataque de coração? Oh homem, se ao menos você não visse os jogos da sua equipa...

21.8.06

De loiras e de talibans

Há tantos turistas em Lisboa, que até já têm as suas próprias horas de ponta nos principais pontos de atracção turística.
Nunca a baixa do Marquês viu tanta gente loira junta.
E elas despem-se tanto, que se um taliban fosse ao Rossio à hora a que elas se passeiam pelo calor, rebentava sem precisar de explosivos.

Isto é um cartaz do movimento pelas armas nos EUA.
Sem comentários, porque eu sou contra fazer piadas
com discriminação de género ou de cor do cabelo.

18.8.06

Do beijo

Mas se não te dás mal com o meu pénis, porque é que nunca o beijas antes de ir dormir?

Da impotência

Querido, porque é que não conseguiste hoje? O problema é meu?... Não querida, é meu, hoje estou com falta de imaginação.

Do adultério

Mau, não é trair a mulher.
Mau, não é trair a mulher e ser descoberto.
Mau, é trair a mulher, ser descoberto e ela não nos perdoar.

Do espírito

É claro que não namoro contigo por causa do teu belo corpo, mas sim por causa do que está lá dentro... Mas é claro que, se não fosse o teu belo corpo, eu nunca tinha sequer espreitado para dentro de ti.

Da legítima defesa

Achas que exagerei querida? Não, afinal de contas ele entrou pela nossa casa dentro... Mas, o juiz... Eles ficam sempre aborrecidos quando não conseguem reconhecer os cadáveres.

17.8.06

Da fome

Enquanto ele tirava as cuecas de uma só vez, ela remoía no assunto candidamente e questionava-se: achas que a fome no Mundo alguma vez acabará? No Mundo não sei, meu amor, disse ele, mas aqui em casa está prestes a acabar.

Do trabalho

Sabe, fiquei muito satisfeito quando vim para cá trabalhar e percebi que esta empresa empregava pessoas... “especiais". Achei que era um bom sinal de responsabilidade social, mas desde que você foi promovido a chefe, percebi que era um caso grave de irresponsabilidade total.

Claro que estou satisfeito por trabalhar aqui. Sobretudo, desde que percebi qual é a política da casa. Sinto-me mais à vontade a trabalhar entre pessoas que funcionam como eu. É que antes tinha medo que me despedissem por eu ser desonesto e detestar trabalhar.

Dos eleitos

O povo judeu é de facto o Povo Eleito. Mas também é preciso ver que foram eles que se elegeram.

14.8.06

Sempre Alerta!

Com as tentativas de atentados, tanto o Reino Unido como os Estados Unidos (é tudo gente muito unida), elevaram os seus estados de alerta para o máximo, ou seja Alerta Vermelho. No caso dos EUA, chamam-lhe mesmo Red Alert, que é de resto um estado que eles parecem gostar. Segundo parece é assim que se sentem mais seguros. Já o Reino Unido, como é seu apanágio, encontrou outra forma de classificar os alertas. Por isso chamam-lhe "alerta crítico". Ou também conhecido por "alerta Miguel Sousa Tavares".

Fui por isso tentar perceber as escalas de outros países e fiquei impressionado.
Em França, o alerta máximo é o cor-de-rosa, só aconteceu uma vez na Segunda Guerra Mundial e entregaram-se logo aos alemães. Sobrou porém uma resistência, já que há muitos daltónicos no país.
Em Espanha, não existe escala – estão sempre em alerta máximo pois nunca sabem quando a ETA vai rebentar por aí.
Os russos têm a escala por graus. Vai até aos 88º, que é a graduação máximo do vodka que tomam quando estão nesse estado.
Os alemães têm como alerta máximo o "alerta heil". Quando eles começam a dizer heil uns aos outros, está tudo fodido!
Os chineses, pacientes e milenares, têm o "alerta resolver este século" e em toda a África usam o mesmo alerta, o "alerta branco". Quando é dado, os africanos ficam pálidos e fogem desordenados para qualquer lado.
Os brasileiros têm o "alerta fim do mundo". Nunca foi utilizado e só serve para o eventual caso de não se poder organizar o Carnaval.
Israel tem o "alerta apocalipse now", mas ainda não foi preciso, vão utilizando o grau abaixo – o "alerta raid", inspirado, não nos raids que fazem aos países vizinhos, mas no insecticida com o mesmo nome.
O Irão tem o "alerta chita", o "alerta tapete persa" e o "alerta véu de burka". Servem todos para camuflar a central nuclear.
A Holanda tem o "alerta muito charrado" e o "alerta mesmo muito charrado".
Já a Bélgica tem o "alerta menos de 12 anos" que é o menos grave e o "alerta amarelo", o mais grave, para quando acabam as batatas fritas.
O Canadá tem como alerta máximo o "quase amarelo" e só foi usado uma vez nos anos 70 (ou antes, ou ainda depois) quando um castor teve uma desavença com um cavalo da guarda montada obrigando, na altura, à intervenção da Rainha Mãe, de Inglaterra que resolveu tudo com uma garrafa de Gin. O cavalo porém ficou a queixar-se.
Quanto a Portugal, não foi fácil descobrir que alertas temos. Perguntei para o Ministério da Defesa e mandaram-me para as Forças Armadas, perguntei às FA e mandaram-me para o Gabinete de Emergência, perguntei para lá, mas estavam todos em "alerta de férias". Não desisti, perguntei a um tio meu (na foto) que percebe destas coisas e descobri finalmente que temos três estados de alerta: o "ensonado", o "passar pelas brasas" e o estado de "alerta de sono profundo".

12.8.06

O Médio Oriente parece uma casa típica portuguesa: todos ralham e todos têm razão.

Contra a torcidela do pepino


Dantes achava que os bebés eram, em qualquer encontro social, uma chatice e um desconforto. Ele é o barulho, os berros e as chiadeiras, ele são os brinquedos, as fraldas e os berços, para além do cuidado permanente de que necessitam... Enfim, o egoísmo supremo daquelas pequenas larvas que têm que ter tudo já e agora apesar de só saberem comer e cagar. Depois, não fazem sequer um mínimo esforço de conversa, e ainda por cima são inconvenientes o suficiente para interromper qualquer discussão com as suas pseudo-necessidades. Achava eu, que chegavam a ser insolentes. Mas mudei de ideias.
Os pobres coitados são de facto pequenos ditadores na sua forma mais pura, mas não é isso que me chateia. Aliás, os pequenos diabos não me chateiam de todo. É verdade que não dizem nada de jeito e comportam-se a maioria do tempo como cães tetraplégicos deitados numa alcofa de barriga para cima, mas isso, naquela idade, confesso, chega a ser engraçado.
O que eu não consigo mesmo aturar são os adultos! Os pais, os avós, os amigos da mãe e do pai, os familiares afastados e todos os adultos em geral que se relacionem com um bebé. Podia falar das longas discussões sobre antecipações dilatadas da eventual necessidade do bebé dali a dois dias e como isso poderá afectar não só a vida futura do cachopo como a vida sexual dos pais no imediato. Ou então da discussão filosófica destruidora de relacionamentos acerca da posição relativa do bebé no carrinho, considerando o vento, a posição do sol e as manias da avó. Mas o que não consigo aturar mesmo, são as vocalizações sonoras dos adultos para os pobres bebés, que tendo chegado há tão pouco tempo ao mundo, são obrigados desde logo a assistir à mais patética condição do ser humano. Tutupipi tutu! Coisinha linda! Gugu Dada! Quem é o filhinho da mamã? Ai! Tling ling! Ai que lindo! E por aí fora, que a lamechice humana é parte integrante da própria estupidez, e esta, como sabemos, não tem limites. Se ao menos eles não fizessem aqueles barulhos estranhos, aquele linguarejar infanto-demoníaco, aqueles sons lamecho-estridentes...
Os bebés, salvo raras excepções, até são engraçados e divertidos. Porquê estragá-los logo de início!?

10.8.06

Está calor, muito calor

Está tão quente, tão quente que dá para escrever asneiras no alcatrão. Está tão quente que para acender um cigarro basta pôr a ponta ao sol uns segundos. Vi um gordo a beber um litro de água de uma vez enquanto lhe escorriam dois litros pelos sovacos.
Está tanto calor que os incendiários nem conseguem ir à mata para pôr fogo. A temperatura é de tal forma elevada que até o Co Adriaanse se recusa a continuar no país. E as baixas fraudulentas diminuíram porque as pessoas preferem estar na fábrica ou no escritório que ao menos tem ar condicionado.

8.8.06

Sobre rodas


Doping no ciclismo? Basta olhar para a Volta a Portugal que está a decorrer para perceber que é preciso muita droga naquela cabeça para um gajo se meter a pedalar com este calor. Há quem também lhe chame masoquismo, outros dizem que é um... um desporto! Tudo para chegar ao final com uma camisola da cor da cobardia e receber dois beijos de duas sirigaitas ao mesmo tempo. Dêem mulheres como deve ser aos homens e uma vespazita e vão ver que eles começam a andar mais felizes. Ou pelo menos, acabem com a humilhação de um homem ser o melhor a pedalar montanha acima e acabar a prova a receber uma camisola cor-de-rosa. Que lindo. E depois querem que os homens não se metam na droga...
...Provavelmente a melhor coisa da vida deles, a seguir aos repuxos de água das velhotas a meio das etapas mais escaldantes.

7.8.06

Hum!...

Nada como uma boa guerra para disfarçar a silly season...

Mais um Verão, mais uma área ardida...


Que chatice. Pensei que o país já tinha ardido todo nos anos anteriores. Ou as árvores andam a crescer muito depressa ou anda para aí gente a esconder “caliptros” sabe-se lá onde.
Um dia, o país ainda se arrisca a ter uma paisagem natural à semelhança da paisagem política*: um deserto.

* Política e não só...

3.8.06

Conhece-te a ti próprio: lê o teu blogue!

Um blogue permite até consultas psicológicas por extenso: os psicólogos assim podem entrar no maravilhoso mundo do tele-trabalho. Pode ser, de resto, um diário íntimo e pessoal, acessível a toda a gente.

1.8.06

Revolução e morte!


Há quem esteja à espera que se deixe de morrer no Líbano e há quem esteja à espera que se morra em Cuba. Os americanos enviaram Condoleezza para o Médio Oriente e condolências para Fidel. Ainda não morreu, dizem os cubanos. Bush sorriu. Fidel puxou de um Cohiba, fez um discurso de três horas (estava cansado, disse) e mandou continuar a operação.

Ponto de cruz


A carta por pontos em Espanha reduziu os mortos na estrada e aumentou a segurança rodoviária. Esperemos que seja para manter, porque pode ser uma redução pontual. Em Portugal, o esquema por pontos, só aumentaria a confusão. A nossa Liga de futebol também é por pontos e é uma confusão tremenda.
Ainda assim, um polícia cigano amigo meu já tem, para venda a bom preço, pontos fresquinhos de carta, caso a medida também seja "implantada" em Portugal.