26.8.05

O regresso da Coisa, ou talvez não!


Depois de escrever o primeiro e último poema da minha vida, e de descobrir que não tenho jeito para isto e que o arrepio que me causa ler o que escrevi, é de ser tão mau, tenho agora a certeza, que eu gosto mesmo é de poesia dita por amigos que a interpretam com emoção. È isso o que sinto pela poesia, ou seja, adoro ver a poesia mexer com as pessoas de quem gosto. Pela mesma razão descobri que não gosto de ler poesia, mas sim, de a ouvir da boca dos outros.
Isto tudo para dizer que estou de regresso, depois de umas férias bem acompanhado.
E há alguma coisa melhor que estar com as pessoas de quem se gosta?
Se assim for, estamos bem em qualquer lugar.
O mesmo não podem dizer as pessoas que estiveram comigo!
Mas sobre as férias falarei outro dia. E porque as ferias já acabaram e o trabalho chama por mim, tenho que ir a uma matança de porco, ritual muito semelhante ao que aconteceu no dia 11 de Setembro de um ano destes, mas com mais portugueses, bom pão, petiscos, vinho, mulheres satisfeitas e felizes por estarem um dia inteiro a trabalhar que nem umas malucas para dar comida aos alarves, e muito glamour. O menu é composto por muita "fevera", entremeada, "chuleta" e entrecosto, molejas, sopa do cozido, cozido à portuguesa, morcelas de arroz e para mais tarde uns torresmos bem quentinhos e cheios de gordurinha. Pode ainda haver a hipótese de sobrar alguma carne dos chouriços, que para não se estragar vai ter que ser grelhada e consumida de imediato, acompanhada por bons pedaços de pão caseiro, daquele com côdea estaladiça e que se pode comer com azeite e açúcar. Ao que parece vamos ter apenas uma folga para jogar uma "suecada", no caso dos homens, e para ver o "fiel ou infiel", no caso das mulheres. O mais importante é que estes "assassínios suinícolas" não tem só coisas más.

1 comentário:

Anónimo disse...

best regards, nice info » » »