13.9.05

Ainda há quem diga que em Portugal “não se passa nada de especial”!

Estou triste, estou farto, estou passado dos cornos!
Tenho reparado que os órgãos de comunicação social são muito cautelosos quando se referem ao pequeno Daniel de seis anos, o menino surdo-mudo, amblíope e com problemas motores, que foi assassinado à pancada. Na maioria das vezes referem-se ao Daniel, não como deficiente, mas como uma criança especial. Eu acho absurdo, pois na minha opinião, especiais, são todas as crianças, ou pelo menos, deveriam ser tratadas como tal.
Auxiliado pela terminologia vocabular que os jornalistas tem utilizado, posso agora afirmar, que vivemos num país especial, com uma assembleia da república composta por pessoas especiais, com um regime especial, onde trabalham jornalistas especiais, e onde quase tudo é feito de forma especial.

PS: Pela primeira vez na vida posso dizer que me sinto especial neste país.

1 comentário:

Anónimo disse...

That's a great story. Waiting for more. » »