31.10.05

Preocupação ligeira

Estou muito preocupado. Ando preocupado. É com o meu banco. A sério que ando. É que parece que o meu banco anda aí com uns problemas… E eu fiquei preocupado. Até fui falar com o meu gerente e perguntei-lhe se era coisa grave. E ele disse para eu não me preocupar. Mas eu disse-lhe: “Olhe que eu não sou assim, um grande cliente. Não tenho aqui ‘mundos e fundos’, é verdade. Mas também não tenho empréstimos e obrigações, nem acções nem problemas, não tenho nada. Mas olhe que se vocês precisarem da minha ajuda, seja para o que for… Hã!? Para o que for!... Podem contar comigo!
Estão-se a rir? Vocês não gozem. O meu banco é meu amigo. Ouviram!? Meu amigo. Está sempre a oferecer-me ajuda. Ele é empréstimos pessoais pré-aprovados, para eu realizar os meus sonhos… E até cartões de crédito para eu satisfazer as minhas necessidades emocionais projectadas num quadro de consumismo. Está sempre a oferecer-me ajuda. E mais! Este banco não só é meu amigo, como é amigo dos meus amigos. Tanto que me farto de falar com os meus amigos e até pessoas que eu só conheço de vista e pergunto-lhes “… então e que tal e como é que é”, se já falaram com o banco deles e todos me respondem: “Não, falei com o teu!”

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