25.7.07

Actualidades

A apresentação do Plano Tecnológico para a Educação foi um choque para a oposição. Tudo porque os alunos presentes na demonstração eram figurantes recrutados por uma agência de “casting” por 30 euros/cada. Finalmente, o governo a cumprir promessas e a dar emprego!

Trabalho infantil, gritou a oposição, referindo-se a 10 figurantes que fizeram umas férias nos Morangos com Açúcar - Férias de Verão para dar no duro para o Governo.

As vantagens de serem figurantes e não alunos reais são muitas: ninguém bateu no professor (na realidade, um funcionário do ministério a fazer de professor); os quadros não foram estragados antes de serem apresentados; os miúdos não estavam ranhosos e tinham bom aspecto; e acima de tudo, não apuparam Sócrates.

O PSD está tão mal que Zita Seabra aproveitou para fazer oposição e promover o seu livro. Segundo ela, “foi assim” no Antigo Regime, “crianças fardadas da Mocidade Portuguesa faziam cenários políticos, só que não eram pagas”. Ainda assim a deputada do PSD diz que “este caso é muito pior, e é escandaloso”. Zita Seabra já pediu a abertura de um inquérito a ser pago com o dinheiro que devia ir para as crianças.

Mas miúdos de graça já não há! Já nem o Bibi os consegue arranjar. Este governo parece dar um sinal claro que o tempo de contratar crianças e não lhes pagar acabou: o julgamento da Casa Pia vai continuar...

O que ninguém sabe é que esta história está toda mal contada. Tal como os apoiantes lisboetas de António Costa eram de Cabeceiras de Basto e Alandroal, estes miúdos eram marmanjos de trinta anos maquilhados que o Governo foi buscar à JS.

Aliás, no futuro, os próprios militantes do PS serão figurantes contratados pelas melhores empresas de casting. À semelhança do que já acontece hoje com os deputados da bancada socialista. São todos figurantes. A maioria iniciou-se nestas lides na primeira novela portuguesa, a “Vila Faia”.

Os próprios ministros de Sócrates, quando vão ao Parlamento, mandam sósias. E mesmo José Sócrates às vezes é o seu irmão gémeo a fazer uma perninha.

Mas o próprio Governo foi contratado através de um casting. Sócrates é o protagonista. A ministra da cultura é a doida, a da educação a bruxa má, o ministro da saúde é o desgraçado que não faz nada como deve, Mário Lino o mau da fita e Manuel Pinho é o “comic relief”.

Nada de novo, nem especificamente socialista. O espectro político nacional conta com a participação especial de Paulo Portas, a diva-víbora; Marques Mendes, o filho do papá; Cavaco, o pai intransigente; Jerónimo, a empregada refilona e Louçã, o jardineiro que manda piadas e cultiva cannabis no fundo do jardim.

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