10.11.04

É um país que acaba em Santarém...

Que diabo! Este país já não é o que era. Isto costumava ser um país porreiro. Um país onde se está bem e as pessoas são calmas… chamam-lhe brandos costumes. Isto era assim, mas já não é. Dantes uma pessoa podia divertir-se e estar à vontade, no fundo fazer o que lhe apetece na mais justa liberdade. Era um país onde havia qualidade de vida! Uma espécie de paraíso protegido onde nos sentíamos bem. Agora não. Agora as coisas mudaram. E para muito pior.
Agora não se pode fazer nada. É o imobilismo nacional. Não há oportunidades, está tudo minado. E assim como é que querem que uma pessoa viva? Assim com medo de fazer o que quer que seja?
Isto já não é um país, é uma prisão! Dantes podia-se pôr bombas e não ter muitos problemas, podia-se matar políticos e ninguém querer saber disso, podia-se comer uns putos e ninguém se ralava, podia-se abrir instalações perigosas que matavam miúdos e não havia muita espiga, podia-se infectar o próximo e ninguém queria saber porquê, podia-se comprar bófias e todos adoravam, podia-se poupar nos impostos à fartazana com a ajuda das próprias finanças e quem é que se preocupava? Podia-se aldrabar milhares de sócios de clubes de futebol e eles pediam mais, podia-se aldrabar todo o futebol e todos rejubilavam, podia-se ganhar viagens a receitar e isso era quase saudável, podia-se tomar conta de câmaras municipais e tê-las por conta, podia-se ter contas na Suíça e a família adorava, podia-se… tanta coisa…
Não é que agora não se possa, mas uma pessoa já não faz isso com o mesmo gosto. Isto porque as pessoas são más. Vejam o caso das praxes de Santarém, onde alunos dedicados preparavam com esforço maratonas de 21 horas de praxe. Sempre a pensarem no caloiro, esse jovem que deve ser integrado num novo mundo que o espera. De entrar em contacto com a matéria de que esse mundo é feito. Por isso a rapariga queixosa foi enterrada em merda de porco… mas ela não percebeu e agiu de má fé… Agiu de muita má fé ao fazer queixa na polícia! Onde já se viu uma pessoa fazer queixa na polícia por causa de uma simples praxe universitária? E agora a coisa até pode seguir para tribunal, coitados dos rapazes. Quando, se é verdade que eles abusaram um bocadinho, também é verdade que foram exemplarmente punidos com 15 dias de suspensão da escola. E os rapazes nem fizeram nada do outro mundo, só lhe chamaram porca, ovelha e que não merecia o almoço que tinha comido, que devia era comer merda… para além de lhe terem pedido que se ajoelhasse sobre as palmas das mãos… E agora, por causa disto, há necessidade de poder vir a tornar-se o primeiro caso de praxe em julgamento? É claro que não e espero que os senhores doutores juízes tenham o bom senso de perceber que aquela rapariga não estava boa da cabeça e ela é que provocou tudo, vê-se bem, e que os rapazes coitados foram levados por ela e acabaram a fazer o que não queriam.
Tsts!... Assim vai este país…
Ass: Bom Português

Sem comentários: