3.11.07

Portugal. Esta merda! História não revista para incrédulos 25

25-A
A revolução do 25 de Abril não foi tão patética como a revolução republicana. Mas está também, muito bem cotada. O cravo e as músicas fazem muita diferença. Começa por ser um golpe quase sindical dos militares. Ainda por cima de capitães. Podia ter sido uma revolução de generais ou coronéis, mas não, foi de capitães. O que não é mau, porque segundo o Pessimista-Mor da III República, podia ter sido pior, pois podia ter sido uma revolução de sargentos.
Da revolução, gosto de pensar que Salgueiro Maia, pegou num mapa da cidade de Lisboa, na arma, virou-se para a mulher e disse: “não faças conta comigo amanhã, que vou a Lisboa fazer uma revolução”. E ela diligentemente, disse-lhe: “toma, leva a marmita e vai com calma. Não abuses da velocidade e tem cuidado com os vermelhos.” E ele lá foi.

1 comentário:

MJLF disse...

Foi uma mulher que ofereceu cravos aos soldados, um gesto simbólico e pacificador maravilhoso, um cravo na ponta do cano (ou colatra) da espingarda, os cravos e o seu cheiro maravilhoso foram um gesto efemero pacificador e feminino. Porque as mulheres, na sua essencia, são agentes pacificadores no mundo porque naturalmente estamos ligadas à natureza pelas nossas entranhas - os capitães depois da revolução ficaram muito contentes quando foram promovidos, à exepção de alguns, com o Salgueiro Maia que era um homem muito especial, a mulher dele sabia disso.
;)
Maria João